O natal sempre é uma época memoravel... musicas a la dingol bel, troca de presentes, luzes pisca-pisca e outros enfeites mirabolantes nas
casas bairros afora, arvores gigantes enfeitadas pelas ruas enfim, é o tão
comemorado espírito natalino que toma conta dos pobres mortais, em meio a todo
este clima maravilhoso o cinema do horror obviamente não poderia deixar de
aproveitar-se de toda esta comemoração agitadíssima e criar o seu serial killer
da vez, é ai que chegamos aos saudosos anos 80 onde tudo (ou quase tudo)
humanamente possível de ser filmado foi realizado, e exatamente no ano de 1984
que a tristar pictures lançou (ou pelo menos tentou) nos cinemas norte
americanos natal sangrento (silent night, deadly night).
Seu prelúdio é no ano
de 1971 onde acompanhamos o pequeno Billy Chapman junto do país e o irmão menor
em uma viagem para visitarem o seu avô que se encontra em um sanatório em
estado vegetativo, após os país de Billy e o médico saírem da sala seu avô
mostra que pode falar e inicia uma pequena conversa com Billy onde enlouquecidamente
fala ao garoto que o papai Noel pune as más crianças, neste momento também
assistimos a uma cena onde um malfeitor vestido de papai Noel assalta uma loja
e mata o dono que tentara reagir, logo a família estaria retornando para sua
casa para passar o natal em família e no caminho encontra o malfeitor do
assalto anterior que com o carro quebrado pedia ajuda na estrada, Billy
lembrando o que dissera seu avô horas antes fica assustado, porem seus país não
vêem aparentes problemas em ajudar o alterego de papai Noel, o resultado é que
o malfeitor acerta um tiro matando o pai de Billy, o garoto consegue se
esconder na mata e perplexo assiste a morte da mãe à facadas.
Logo o filme pula
para o ano de 1974 quando acompanhamos o mesmo Billy agora sendo criado junto
com seu irmão menor e outras crianças em um orfanato católico gerido por
freiras, neste ponto o que reparamos é uma criança extremamente fragilizada
devido as traumáticas experiências vividas 3 anos antes, este trauma infantil
de Billy apenas piora com o passar dos dias no orfanato já que a autoritária
madre superior que comanda as praticas de ensino no orfanato entende que Billy
necessita de disciplina e pulso firme e castiga o garoto constantemente
chegando a dar-lhe chicotadas e amarrando-o na cama, enquanto isso o garoto
continua a gerir seu trauma natal após natal.
A trama passa 10 anos e chega
a 1984 (ano atual na época) quando a irmã Margaret que desde a chegada do
garoto tem ajudado-o arruma um emprego para Billy em uma loja de brinquedos,
Billy agora com 20 anos demonstra-se um rapaz saudável e proativo alem de
manter uma excelente relação com todos os companheiros na loja, porem os dias
de normalidade de Billy chegam ao fim quando é chegado mais um natal e o rapaz
passa a enfrentar os antigos traumas com a figura do papai Noel, pra piorar o
alterego que se fantasiaria de papai Noel na loja se acidenta e sobra
exatamente pra Billy o cargo de bom velhinho, exatamente na noite de natal em
uma confraternização entre os funcionários dentro da loja Billy presencia a
funcionária da qual nutre uma pequena paixão sendo violentada por outro
funcionário no estoque da loja, relembrando os traumáticos momentos que passou
na infância, Billy agora enlouquecido e fora de si passa a matar tudo e todos a
sua volta iniciando a jornada sangrenta pelos funcionários da loja que ali
estavam.
Aniversario macabro trata-se
de uma produção modesta que orçou por volta de 750.000 dólares e gerou grande
controvérsia na época de seu lançamento devido a mostrar a figura do papai Noel
como um sádico assassino, a censura da época lutou para que o filme fosse
retirado do maior numero possível de salas de cinema, fato curiosos é que já
haviam sido lançados nos cinemas norte-americanos outros filmes de horror que
usavam a mesma premissa do natal como black christimas em 1974 e mais
recentemente christimas evil em 1980 onde inclusive já tínhamos a figura de um
paspalho com a roupa de papai Noel como um assassino perturbado.
Outro fator que soa estranho
em natal sangrento é o jovem Robert Brian Wilson que da vida ao traumatizado e
vingativo Billy Chapman, apesar de se esforçar para aparentar um enlouquecido
Billy o ator jamais convence como um assassino louco e cruel, o ator não possui
uma estatura suficiente para impor medo e pavor nas vitimas e da a impressão de
um adolescente comum, podemos inclusive reparar a dificuldade do mesmo em uma
briga corporal com uma vitima homem durante a projeção, apesar destes
improváveis a celebre frase punish (punição) que o assassino falava antes de matar
as vitimas tornou-se muito popular na época ajudando a compor o sucesso e a
controvérsia de natal sangrento.
Com uma historia simples
aliada a modestos efeitos e maquiagem (note as cenas de facadas aquela bisnaga
que simula o sangue kkk), natal sangrento marcou também por freqüentar o seleto
grupo dos grandes slashers produzidos nos anos 80, por estar nesta lista o
longa traz memoráveis cenas de mortes, violência e claro: sexo, muito sexo em
diversas situações diferentes, inclusive podemos reparar uma tara alucinada do
diretor Charles E. Sellier Jr em mostrar seios femininos ao longo da projeção,
a recíproca básica é que os seios a mostra traduzem a proximidade da morte da
vitima na projeção, fato que não foge muito do que víamos na época, por estes
motivos já citados a produção criou diversos inimigos públicos na mídia e fora
dela, poderosos críticos norte-americanos como Siskel Hebert e Leonard Maltin
definiram a produção como lixo e uma vergonha atribuindo zero estrelas ao
longa, se não bastasse isso uma multidão de mães em todo o país norte-americano
juntaram-se nas proximidades das salas de cinema que exibiam o longa para
protestarem, a excessiva pressão fez resultado e a tristar pictures (estúdio
responsável na época pela distribuição do longa por terras norte-americanas)
retirou todas as copias dos cinemas pouco tempo depois, fato que não impediria
que um distribuidor independente relançasse a obra nos cinemas pouco tempo
depois, porem desta vez em um numero muito menor de salas e sem o estardalhaço
da primeira vez.
Enfim, natal sangrento
trata-se uma das excelentes produções slashers realizadas nos anos 80 e tem seu
lugar cativo no gênero, assistido hoje seus efeitos já estão batidos e soam bem
ultrapassados, ainda assim a historia continua chocante e os toques de humor
negro da época dão um fôlego a projeção, pra quem tiver curiosidade (e
paciência) longa ganhou nada menos que outras 4 seqüências das que selecionaria
assistivel apenas a 2º parte que segue o mínimo de critério pegando rabeira na
deixa final propositalmente filmada no desfecho deste original, no inicio de
2007 a screem gens anunciou que tentaria a contratação de Alexandre Aja para
realizar um remake de natal sangrento para o ano seguinte porem o diretor com a
agenda cheia preferiu não se comprometer com a direção e o roteiro do longa que
desde então continua na geladeira, baseado nos últimos remakes que a screem
gens lançou (proom night e april fools day) eu realmente espero que o remake de
natal sangrento continue na geladeira por um longo período.
Titulo
original: silent night, Deadly Night
Diretor: Charles E. Sellier Jr
Produtor:
Ira Richard Barmak
Roteiro: Paul Caimi e Michael Hickey
Maquiagem: Perri Sorel
Efeitos especiais: Rick Josephson
Efeitos especiais de maquiagem: Karl Wesson
Elenco:
Robert Brian Wilson (Billy Chapman) lilyan Chauvin (madre superior), Gilmer
Mccomrck (irmã Margaret), Toni Nero (Pamela), Britt Leach (Mr Sims), Nancy
Borgenicht (Mrs Randall), H.E.D Hedford (captain Richards)
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