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domingo, 19 de maio de 2013

O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA 3D - A LENDA CONTINUA (2013)

Desde o sucesso de o massacre da serra elétrica em 1974, não faltaram tentativas de se produzir sequencias buscando resgatar o sucesso do filme original, tudo começou com o péssimo o massacre da serra elétrica parte 2 em 1986, seguida de uma 3º parte totalmente desconexa em 1990, ainda dando tempo de fazer um filme tão besta quanto as sequencias anteriores em 1994 chamado de the texas chainsaw massacre: next generation (o massacre da serra elétrica: a nova geração).
Depois das bombas produzidas nos anos 80 e 90 a franquia passou um bom tempo enterrada até no inicio dos anos 2000 começar o boom dos remakes e a produtora platinum danes comprar os direitos e refilmar o icônico filme de 1974. Com o relativo sucesso, alguns anos depois a mesma produtora resolveu trabalhar as raízes de Letharface em ‘o massacre da serra elétrica: o inicio’ que acabou sendo tão bom quanto o seu antecessor, porem a baixa bilheteria acabou enterrando os planos da platinum danes dar continuidade ao rebbot da serie.
E quando todos achavam que não havia mais o que explorar na serie, o produtor Carls Mazzocone através da Twisted pictures entrou em um acordo com a platinum danes para continuar a serie, porem desta vez a ideia foi bem original, ao invés de recontar a história do filme original, continuar a história da origem de Letharface ou simplesmente criar um roteiro de Letharface e a família de canibais atacando subitamente como já havia sido feito tantas outras vezes, esta história criada por Debra Sullivan e Adam Marcus resolveu inovar, e imediatamente da continuidade aos acontecimentos ocorridos no filme de 1974.
A introdução de o massacre da serra elétrica 3d: a lenda continua, se da justamente com uma rápida e eficiente retrospectiva com imagens do filme original de 1974, assim obrigatoriamente introduzindo aqueles acontecimentos a este filme, tal estratégia serve para aqueles que estejam assistindo este filme sem qualquer informação da sua origem, ou para os desentendidos que tenham como referencia apenas os recentes remakes da platinum danes.
Em seguida a trama acompanha o xerife Hopper (clara referencia ao criador da serie Tobe Hopper) que cerca a casa dos Sawyer e obriga que a família entregue o garoto (Letharface), nesta cena podemos conferir que um dos integrantes da família Sawyer e Carson trata-se de Gunnar Hansen que interpretou Letharface no filme de 1974.
Porem os planos do xerife são frustrados por Burt Hartman e alguns caipiras locais, que revoltados com os acontecimentos incendeiam a casa da família assim exterminando os Sawyer, porem momentos depois um dos moradores do condado local ao examinar a casa acaba encontrando uma mulher sobrevivente do incidente com uma criança de colo, em seguida matando a mulher e tomando conta da criança.
Depois da conclusão da cena a história avança muitos anos depois e acompanhamos que aquela criança tornou-se a jovem Heather Miller ironicamente trabalhando em um açougue como cortadora de carnes, a garota recebe uma correspondência dando conta que a mesma é herdeira de uma casa no interior do estado do Texas, e após questionar os país e se dar conta de que foi adotada, viaja junto com o namorado e um casal de amigos até o local para conhecer o imóvel que havia acabado de tornar-se proprietária, porem ela nem imagina que Letharface, o seu único parente de sangue ainda vivo, mora recluso nas entranhas dos porões daquele velho casarão, e vai iniciar novamente um grande banho de sangue em busca da vingança dos seus entes queridos, aos mesmo tempo que Heather começa a se dar conta da sua real origem e as motivações que levaram a extirpação da sua família.
Este massacre da serra elétrica trata-se de um bom entretenimento, começa de forma brilhante e depois fica repetitivo, melhorando em seguida para terminar de forma confusa dando novas diretrizes para a serie porem distanciando-se da tradição de Letharface.
Porem se o massacre da serra elétrica 3D pode ser considerado um bom entretenimento, certamente a conclusão que chego ao final da sua projeção é de que utilizando-se da excelente ideia de dar continuidade aos acontecimentos do longa de 1974, poderiam ter contado inúmeras histórias melhores. Porque não a história continuar a ser contada naquele período? Ou pular no máximo 5 ou 10 anos como havia sido a sequencia original filmada em 1986 porem com um roteiro péssimo. A verdade é que dar continuidade na história nos primeiros 10 minutos pra depois avançar 20 anos ou mais acabou perdendo toda a magia da história original, pois boa parte do clímax de horror que se da no filme de 1974 é justamente pela sua época e o clima deserto e sombrio do local, coisa que jamais ocorre no filme atual.
Outro fator que torna o massacre da serra elétrica 3D um filme tão corriqueiro quanto as suas sequencias anteriores e outros filmes irrelevantes atuais é o fato da exploração da mulher objeto e os outros jovens estereotipados, analisando isso temos 2 cenários: o 1º baseia-se no filme original que inspirou este, onde temos uma história de alto clímax de horror que jamais tem qualquer momento de insinuação sexual ou qualquer besteira do tipo, o 2º é este formato de alto abuso de jovens assexuados e rebeldes foi muito popularizado nos anos 80 e extremamente utilizado em filmes de terror atuais, os produtores deste filme resolveram usar mais do mesmo neste filme e utilizar o 2º exemplo, porem eu penso que se a ideia é aproximar-se do filme original, o melhor seria basear-se em um formato como no 1º exemplo, e fato é que é sim possível fazer um bom filme de terror envolvendo um grupo de jovens e sem abusar das estereotipagens, a grande prova disso foi o recente sucesso que o remake de a morte do demonio alcançou conseguindo excelente desempenho nas bilheterias em todo o mundo além de elogios dos críticos e reconhecimento dos fãs do gênero inclusive deste que vôs escreve.
Outra grande limitação que se percebe em MSE 3D é por conta da sua conversão no 3D, às cenas convertidas são pouquíssimas, quase nenhuma, e as que existem praticamente não fazem diferença na projeção tirando uma ou outra envolvendo a moto-serra de Letharface.
Outra parte do filme que vale um comentário é uma cena surtada onde Letharface na caça de Heather invade um parque de diversões lotado de adultos e principalmente crianças, tocando o terror geral, algo que convenhamos, foge totalmente dos parâmetros imagináveis para um filme desta franquia, mesmo considerando que este Letharface mantem o conceito de um retardado mental conforme a ideia original de Tobe Hopper em 1974, também levamos em consideração que Letharface é inteligente o bastante para manter-se escondido da sociedade há anos, sabendo que é um cara perigoso e procurado, portanto a questão de invadir um parque de diversões lotado de civis definitivamente não foi uma decisão acertada.
  
Mas o grande buraco no roteiro de MSE 3D esta na contagem do tempo, os acontecimentos do filme original ocorreram em 1974 ou seja: mesma época que a criança de colo que tornaria-se a garota Heather foi adotada, quando a história avança a atriz Alexandra Daddario que interpreta a mesma Heather, embora em momento nenhum haja citações sobre a sua idade, aparenta ter no máximo 20 anos, chutando altíssimo: 25 anos, portanto em uma contagem de tempo didática a história estaria entre os anos de 1994 á 1999, a contradição é quando vemos veículos claramente recentes, musicas de Hip Hop americanas com batidas claramente pós anos 2000 e o mais forçado: uma cena onde um policial transmite imagens filmadas em um smartphone ao vivo diretamente para o computador do xerife Hopper da policia local, sendo que na época que o filme realmente deveria se passar, sequer haviam celulares com câmera de 1 megapixel.
Resumo da opera: Embora MSE 3D tenha todas essas limitações e no meu entendimento falhas grotescas que comprometem a serie, certamente deve satisfazer aqueles descompromissados que desejam apenas mero divertimento com os assassinatos de Letharface, que por sinal são pouquíssimos neste filme, porem a controvérsia geral da história se da em seu desfecho quando temos a humanização do assassino que passa de serial killer para anti-herói com motivações próprias e extremo zelo pela família, posso imaginar muitos caminhos que a serie pode seguir através do panorama que termina este filme, porem a parte ruim é que nenhum deles me agrada. 
O massacre da serra elétrica 3D - a lenda continua
Titulo origninal: The texas chainsaw 3D
Diretor: John Luessenhop
Elenco: Alexandra Daddario, Scott Eastwood, Tania Raymonde, 
Bill Moseley, Richard Riehle, Shaun Sipos, Gunnar Hansen, Dan Yeager, Keram Malicki-Sánchez, Thom Barry, Trey Songz, Marilyn Burns, Dodie Brown, Ritchie Montgomery, Paul Rae
Sue Rock, James MacDonald, Amanda Dyar, John Dugan, Scott A. Martin, Elena Sanchez, David Born, Kari J. Kramer, Sarah Dandashy, Sam McKinzie, Shawn Shultz, Veleka Gray, Carl Bailey, Pamela Van Zandt, Michael Patrick Rogers, Johnnie Brannon, Tavaris James Durell, Troy Harris, Brandon Noack, Blain Sanchez, James Paul, Joe Guarneri, Parker June Spaulding, Michael Byrne, Kristen Beevers
Tony McCullough, Roni Hummel, Stephen Waters 
Jonathan Darden, Dan Forest, Timothy Hoffman, 
Nikolette Noel, Juliet Reeves, Nathan Scott, Mike Walker
Produção: Carl Mazzocone
Roteiro: Kirsten Elms, Stephen Susco
Fotografia: Anastas N. Michos
Trilha Sonora: John Frizzell
Duração: 92 min.
Ano: 2013
País: EUA
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Distribuidora: Europa Filmes
Estúdio: Nu Image Films / Mainline Pictures Inc. / Twisted Pictures / Lionsgate
Classificação: 18 anos

sábado, 18 de maio de 2013

PÂNICO (1996)

Em se tratando de filmes de terror, toda geração tem o assassino que merece, recentemente foi o cansativo Jigsaw em jogos mortais, nos anos 80 Freddy Krueger e Jason dominaram as telonas, e nos anos 90 até a metade da década nenhum assassino em serie ou franquia de terror até aquele momento havia se habilitado a conquistar aquela geração e estabelecer novos parâmetros no gênero, e ao mesmo tempo os ícones do terror até então estavam estagnados, já que por volta de 1996 ninguém sequer ouvia falar de Jason, Freddy, Chucky, Michael Myers, portanto o gênero de slasher movies andava bastante esquecido sem lançamentos dos seus principais ícones, foi então que Wes Craven, mago do cinema do horror resolveu levar para as telonas um roteiro do jovem e criativo Kevin Williamson que estabelecia um novo conceito dentro do gênero de terror ao mesmo tempo apresentando um novo assassino urbano chamado de ghostface, e homenageando os grandes filmes de terror envolvendo assassinos, o filme em questão foi pânico.
Partindo-se da premissa básica do assassino de adolescentes, o novato roteirista Kevin Wiliamson que até então era famoso pelo inventivo roteiro de ‘o balconista’ e grande admirador do gênero de assassinos seriais, resolveu apostar em um roteiro que trouxe folego para o gênero, mas que também trouxe inovações, e homenageando os grandes filmes que serviram como legado para o gênero.
Quando a produtora Miramax comprou os direitos do filme, para posterior lançamento através da dimension, sua divisão do gênero, já tinha em mente que era necessário um diretor renomado para levar a história ao cinemas, e logo fechou com Wes Craven, que embora relutou em um 1º momento, aceitou assumir a direção do projeto desde que pudesse desenvolver mudanças artísticas geralmente impostas pelos estúdios, e o 1º fator que diferenciou pânico dos filmes de terror convencionais foi contar com um elenco de rostos relativamente conhecidos na época como Neve Campbell, David Arquete, Skeet Ulrich, Rose Mcgowan e Drew Barrymore mesmo que em um pequeno papel na abertura do filme.
Panico se inicia com a estudante Casey Becker (Drew Barrymore em plena ascensão nos cinemas após a carreira de atriz mirim e os posteriores problemas com drogas e álcool) na casa dos pais atendendo ao telefone e logo constatando tratar-se de uma chamado por engano, porem o telefone volta a tocar outras vezes e logo Casey percebe que trata-se de um engraçadinho querendo fazer piada, e até entra na onda até a pessoa no telefone dar mostras que sabia muito mais sobre a vida da estudante, após perceber pela janela que o tal malfeitor que falava ao telefone havia amarrado o seu namorado na varanda da casa, nesse ponto Casey já desesperada e aos prantos entra no jogo do assassino que tratava-se de perguntas sobre filmes de terror, logo teríamos a primeira aparição de ghostface (nome original da fantasia utilizada pelo assassino nos filmes da serie) nas telonas, que culminaria com o assassinato da jovem estudante e seu namorado, e a abertura do filme.
O posterior desenrolar da história acompanha a também estudante Sidney (Neve Campbell) e o seu grupo de amigos que estão inseridos no mesmo ambiente estudantil onde a recém-assassinada Casey e seu namorado estudavam, e claro o assunto do momento é o assassinato do jovem casal, a história logo se funde com o assassinato da mãe de Sidney que ocorrera 1 ano antes e a busca do assassino com a fantasia de ghostface pela jovem Sidney, logo temos uma história onde o grande mistério é quem seria o assassinato por trás daquela mascara em um cenário aberto a muitos suspeitos, e claro que em meio a isso muitas mortes interessantes ocorrendo pelas mãos de ghostface até o excelente e improvável desfecho.

Pânico ainda se estabelece como um dos grandes filmes do gênero tendo rendido mais 3 sequencias e popularizado a fantasia de ghostface e a mascara da morte que ainda é muito vendida e lembrada principalmente nas festas à fantasia e carnavais.
Mas talvez o grande mérito no roteiro de Kevin Williamson e mantido na direção de Wes Craven é a homenagear os grandes filmes de terror, não faltam referencias e citações as mais populares obras do gênero: Sexta-feira 13, Letharface (O massacre da serra elétrica), O exorcista, O silencio dos inocentes, A hora do pesadelo (que não poderia deixar de estar já que é uma obra do próprio Wes Craven), A morte convida para dançar, só para citar os mais relevantes, além de citações e uma longa sequencia onde o grupo de jovens em uma festa assiste ao ‘Halloween de 1978’ em uma clara homenagem a clássica obra de John Carpenter e o desempenho de Jamie Lee Curtis no mesmo filme, tal fato é interessante por estabelecer que pânico trata-se de uma espécie de filho dessas franquias, mostrando que o filme pautou-se em todas essas obras para ser desenvolvido.
O elenco de pânico foi escolhido a dedo e contou com o grande incentivo da Atriz Drew Barrymore que leu o roteiro em 1996 e logo ficou empolgadíssima em protagonizar a personagem Sidney, porem o conflito de agenda acabou fazendo com que Barrymore fizesse apenas a sequencia inicial como a estudante Casey Becker, porem o nome de Drew Barrymore atrelado ao desenvolvimento de pânico ajudou a fortalecer o elenco feminino do filme com Neve Campbell, Rose MCgowan e Courtney Cox que na época fazia sucesso com o seriado friends e ficou empolgadíssima com o papel da jornalista Gale Weathers, além dos jovens atores David Arquete, Skeet Ulrich e Mathew LIllard. Todos os envolvidos neste filme, até mesmo alguns nomes que só apareceram em filmes do final da década de 90 como Jamie Kennedy, conseguiram estabelecer carreiras sólidas em Hollywood sendo que a maioria continua na ativa até hoje, alguns em grandes produções, e a maioria em filmes de baixo orçamento.
Quem também deu as caras em uma pequena cena neste filme foi Liev Schreiber como o homem acusado de assassinar a mãe de Sidney, posteriormente em 1998 Schreiber reprisaria o mesmo personagem em pânico 2, desta vez como um dos protagonistas, e posteriormente retornou para pânico 3 desta vez em uma pequena cena na abertura do filme.
Panico estreou nos cinemas norte-americanos em 18 de Dezembro de 1996 tendo uma recepção de publico fraca, porem nas semanas posteriores ao seu lançamento os produtores assistiram a sua bilheteria quadriplicar, fazendo com que a Miramax ordenasse o relançamento do filme meses depois para arrecadar mais alguns milhões e estabelecer-se como um dos filmes do gênero mais bem sucedidos da história do cinema.
Não é nenhum exagero falar que pânico redescobriu o gênero do terror nos cinemas em uma época onde as grandes franquias de terror andavam esquecidas, e absolutamente nada de aproveitável do gênero era lançado já ha muitos anos, o filme de Wes Craven trouxe novo folego e deu um enfoque absolutamente novo aos filmes de terror cercado de um bom humor que nunca escrachava como muitos filmes do gênero fazia, e aliando-se de forma convincente ao clima pesado de assassinatos e desespero que rondava a fictícia cidadezinha de Wodsboro, o roteiro inteligente e ágil de Kevin Williamson faz com que o publico fique entretido a todo o momento e prega peças com um desfecho que poucos preveriam, claro que o bom desempenho do filme muito se deve ao seu elenco que traz jovens atores porem todos muito longe da sua primeira experiência nos cinemas, certamente o carisma de Neve Campbell como a protagonista Sidnei assim como a química e bom humor que os atores Courtney Cox e David Arquete emprestaram aos personagens Gale e Dewey ajudaram a eternizar o longa como um dos mais lembrados do gênero, 2 anos depois o trio retornou para protagonizarem o esperado pânico 2. 

Panico
titulo original: 1996
Diretor: Wes Craven
Elenco: Drew Barrymore, Roger Jackson (voz)
Kevin Patrick Walls, David Booth, Carla Hatley,
Neve Campbell, Skeet Ulrich, Lawrence Hecht
Courteney Cox, W. Earl Brown, Rose McGowan
Lois Saunders, David Arquette, Joseph Whipp
Matthew Lillard, Jamie Kennedy, Lisa Beach, Tony Kilbert
C.W. Morgan, Frances Lee, Liev Schreiber, Troy Bishop
Ryan Kennedy, Leonora Scelfo, Nancy Anne Ridder
Lisa Canning, Bonnie Wood, Aurora Draper, Kenny Kwong
Justin Sullivan, Kurtis Bedford, Angela Miller
Produção: Cathy Konrad, Cary Woods
Roteiro: Kevin Williamson
Fotografia: Mark Irwin
Trilha Sonora: Marco Beltrami
Duração: 111 min.
Ano: 1996
País: EUA
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Dimension Films / Woods Entertainment

terça-feira, 14 de maio de 2013

A NOIVA DE CHUCKY (1998)

O ano era 1998, e uma onda de filmes de terror de perfil jovem estava na moda, o sucesso da serie pânico que estava no seu 2º filme abria as portas para diversas produções do gênero, e uma onda de assassinos com nova roupagem estava fazendo relativo sucesso, filmes como eu sei o que vocês fizeram no verão passado, lenda urbana e a prova final mantinham o gênero muito bem aquecido nas bilheterias americanas e ao redor do mundo, e foi nesse ano que os produtores David Kirchner e Don Mancini acharam que era o momento certo de trazer de volta o clássico boneco assassino Chucky que fez grande sucesso no final dos anos 80 e inicio dos anos 90.
Embora a universal ainda fosse detentora dos direitos da serie brinquedo assassino, os executivos do estúdio não tinham a menor intenção de desenterrar a serie, já que a maior parte das franquias antigas andava caída no esquecimento e os estúdios apostavam em novos projetos.
Porem Dom Mancini se aproximou do estúdio com uma idéia original e bem diferente, trazer Chucky novamente em um filme de terror mas que ao mesmo tempo parodiasse a serie, introduzindo uma nova personagem que roubasse a cena do filme junto com Chucky, a universal ciente de que o custo baixo da produção valeria o risco resolveu apostar na idéia e em outubro do mesmo ano estreava a noiva de Chucky, produção que da continuidade a jornada do assassino Charles Lee Ray dentro do corpo de Chucky, porem desta vez seguindo por outros caminhos que não seriam a busca implacável atrás de Andy Barclays como nos filmes anteriores.
A noiva de Chucky se inicia dentro de um depósito de provas de grandes crimes da policia americana, e em suas primeiras cenas podemos ver refêrencias claras de filmes clássicos de horror dos anos 80 como as mascaras de Jason (sexta-feira 13) e Michael Myers (Halloween), muitos bonecos (o mestre dos brinquedos), a caixa do creepshow (creepshow), a moto-serra de Letharface (o massacre da serra elétrica) e a luva de garras de Freddy Krueger (a hora do pesadelo), fazendo alusão que Chucky esta inserido no mesmo universo dos filmes citados.
E nesse mesmo local um policial subtrai um saco que logo se mostraria ser os pedaços do que era o boneco assassino Chucky, esta cena respeita o desfecho do ultimo filme da serie: brinquedo assassino 3, quando Chucky é jogado por Andy Barclay em uma enorme hélice,  sendo totalmente despedaçado.
O policial aguarda alguém a quem provavelmente vai entregar os restos do boneco, e logo é morto por uma garota, que leva o saco e sai caminhando pelo galpão abandonado, nesse momento é mostrado o letreiro de a noiva de Chucky.
As cenas seguintes mostram Tiffany, a garota assassina costurando e retrabalhando o boneco Chucky, enquanto algumas matérias de jornais em seu trailer mostram recortes de jornais da época que Charles Lee Ray foi morto, e outros mostrando que um garoto afirmou que seu boneco estava possuído por Charles Lee Ray, clara referencia aos fatos ocorridos nos primeiros filmes da serie brinquedo assassino, alias um dos pontos mais interessantes deste filme, é que embora não seja exatamente uma sequencia de brinquedo assassino, procura se manter fiel a todos os acontecimentos que ocorreram nos filmes da serie.
Tiffany logo mostra ter um passado muito intimo com Charles Lee Ray antes do mesmo ter se aventurado como o boneco Chucky, e logo faz o ritual para trazer Chucky novamente a vida.
Em seguida aparece um conhecido de Tiffany bem ao estilo de Marylin Manson que só serviria para ser a primeira vitima de Chucky na cena em que o personagem da suas boas vindas, e o que se segue são cenas hilárias onde o boneco e Tiffany logo brigariam resultando na garota prendendo Chucky em um chiqueirinho para crianças.
Porem não demoraria para o boneco conseguir soltar-se e dar o troco na garota em uma cena bem divertida com o clássico a noiva de Frankstain passando passando na TV (excelente sacada do filme e referencia ao próprio titulo do filme) ao lado da banheira, a cena posterior mostraria Chucky fazendo um ritual que bizarramente transferiria a alma de Tiffany para a boneca presente na cena.
Posteriormente o filme acompanha o casal Jesse e Jade que mantem uma relação ás escondidas do tio (o clássico ator americano John Ritter) da garota que é chefe da policia local, porem Tiffany e Chuky armam uma cilada para que Jesse e Jade transportem os bonecos até New Jersey onde esta enterrado o corpo de Charles Lee Ray, e há em seus restos mortais um amuleto que fará com que os bonecos consigam transferir suas almas para o casal.
A noiva de Chucky foi um grande sucesso de bilheteria em 1998 tendo arrecadado R$ 50 milhões ao redor do mundo, sendo o filme mais bem sucedido da serie em questões financeiras, embora alguns fãs tenham reprovado veemente a questão de a noiva de Chucky abusar do humor, mesmo com este capitulo da serie mantendo-se  no seu conceito como um filme de horror.
Dentre as muitas ironias de a noiva de Chucky, uma das mais lembradas é o cartaz do filme que era uma clara parodia do cartaz principal do filme pânico 2 que na época era o rei absoluto do filmes de terror.
A grande receita para o sucesso de a noiva de Chucky foi exatamente pelo filme ser um grande espetáculo de horror e diversão, claro que ainda é o mesmo Chucky que vimos nos filmes anteriores, a inconfundivel voz de Brad Douriff não deixa duvidas disso, as piadas cretinas, e a ironia habitual de Chucky estão presentes em todas as cenas do boneco, porem não há como deixar de se divertir com cenas como Tiffany falando para Chucky o quanto estava ultrapassado assassinar usando uma faca ou em certo momento alguém citar o quanto o boneco Chucky era anos 80, em claras auto-parodias as origens da serie.
E certamente se Brad Douriff como de costume é o grande diferencial para o novo sucesso de Chucky, Jennifer Tilly também divide os holofotes de forma competente, dosando o humor e a violência na mesma dose que Chucky, dando vida a Tiffany nas formas humana e posteriormente como boneca, a química entre Tilly e Douriff fica claríssima, principalmente nas cenas onde os bonecos atuam juntos.  
Com uma direção segura, o cineasta chinês Ronny Yu consegue transitar facilmente entre cenas de horror seguidas de cenas hilárias como quando Chucky mata o clone de Marylin Manson e em seguida da as boas vindas a Tiffany, ou quando a boneca mata um casal com o espelho aéreo do motel e em seguida os bonecos tem sua cena romântica em cima dos corpos esquartejados em uma sequencia das mais bizarras e divertidas dos anos 90.
E se a noiva de Chucky acumulou muito mais acertos do que erros, um dos seus pontos fortíssimos consiste em sua trilha sonora que traz nomes de peso como judas priest, rob zombie, bruce dickson, motorhead, blondie, White zombie e slayer.
Outro fator bem marcante em a noiva de chucky foi o visual dark do boneco que neste filme aparece todo costurado, muitos fãs da serie que se seguiram cultuam até hoje este visual de Chucky, muitos também dizem ser mais assustador e conivente com sua condição de personagem clássico do horror.
Enfim, a noiva de Chucky trata-se de um filme divertidíssimo, e embora eu mesmo não aprove essa idéia de misturar terror e comedia em larga escala, tenho que admitir que neste retorno de Chuck aos cinemas no final dos anos 90 caiu muito bem ao personagem em um filme que acima de tudo respeita as origens da serie, infelizmente em 2005 a universal pictures repassou os direitos da serie para o estúdio rogue pictures que lançou o péssimo o filho de Chucky dirigido por Dom Mancini em seu pior momento a frente da serie.


A noiva de chucky
titulo original: Bride of Chucky
Diretor: Ronny Yu
Elenco: Jennifer Tilly, Brad Dourif, Katherine Heigl,

Nick Stabile, Alexis Arquette, Gordon Woolvett, John Ritter
Lawrence Dane, Michael Johnson.
Produção: Grace Gilroy, David Kirschner.
Roteiro: Don Mancini
Fotografia: Peter Pau
Trilha Sonora: Graeme Revell
Duração: 90 min.
Ano: 1997
País: EUA
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Universal Pictures





domingo, 12 de maio de 2013

UMA NOITE ALUCINANTE 3 / ARMY OF DARKNESS (1992)

Em 1990 o diretor Sam Raimi havia acabado de emplacar nos cinemas o sucesso Darkman, tendo dirigido e roteirizado o projeto, era a sua primeira experiência em um filme de grande orçamento (16 milhões na época) e produzido por um grande estúdio (universal), o sucesso de darkman acabou possibilitando Sam Raimi e finalmente realizar o projeto dos seus sonhos.
Desde que havia filmado ‘uma noite alucinante’ em 1981, Sam Raimi tinha em mente uma continuação da história que levasse o personagem Ash Willians para o século 1300 na época medieval, onde iria lutar contra monstros medievais, inclusive esse roteiro estava escrito para ser colocado em prática no filme The evil dead 2 (uma noite alucinante 2) em 1987, porem as limitações orçamentarias empostas na época pelo produtor Dino de Laurentis impediram que Raimi concebesse o projeto, o jeito foi realizar o filme no cenário original da cabana, embora o diretor finalizou ‘uma noite alucinante 2’ já dando mostras que o caminho a ser seguido na serie era inevitavelmente levar Ash Willians para a idade medieval, o que ficou bem claro no ultimo ato do filme.
Depois da confirmação do sucesso de darkman, era chegada a hora de Sam Raimi colocar em prática a 3º parte de The evil dead que desta vez foi batizado de Army of Darkness (no Brasil simplesmente intitulado de: uma noite alucinante 3), e para conseguir filmar o seu épico na idade medieval e com os efeitos especiais que tanto desejava, contou com o financiamento da universal pictures que após darkman, confiou a equipe de Sam Raimi a bagatela de 11 milhões de dólares para que o filme fosse produzido conforme a idéia do seu criador.
Army of Darkness se inicia com um pequeno prologo de Ash sobre o livro dos mortos e em seguida vai para a cena do portal no final de the evil dead 2 quando o personagem é enviado para 1300.
Diferente da cena final do seu antecessor, aqui Sam Raimi altera consideravelmente os acontecimentos que ocorreram na chegada de Ash na idade medieval, se na cena final de uma noite alucinante 2, Ash logo é cercado pelos homens de Lord Arthur e em seguida mata um monstro que iniciava um ataque no local, em seguida sendo venerado por todos os homens daquele lugar.
Desta vez Ash logo é preso e condenado a morte pelos homens de Lord Arthur, porem minutos mais tarde Ash iria mesmo ser venerado por aqueles homens sendo considerado um salvador vindo do futuro assim como foi a idéia original de Sam Raimi, porem os fatos foram alterados, desta vez ocorre toda uma cena onde Ash é jogado em um calabouço e mata alguns monstros além de conseguir claro sair vivo daquele lugar, e depois de fazer uma demonstração com sua arma de fogo logo seria considerado uma espécie de semideus.
Apesar do prestigio que adquiriu naquele lugar, o que Ash quer mesmo é voltar para sua época, e para isso ele vai ter que buscar o famigerado livro dos mortos que esta em um cemitério local, claro que há diversos percalços pelo caminho onde há uma cena bizarra onde Ash tem que lutar contra diversas miniaturas de si próprio.

Para completar a babaquice, ao Ash encontrar o tal livro, deveria falar 3 palavras que fariam com que o personagem retornasse a sua época, porem acaba falando as palavras erradas, e o fato acaba despertando os mortos a vida, propagando o terror no local e fazendo com que Ash coordene uma verdadeira guerra dos homens de Lord Arthur contra o exercito do mal.
Neste filme, Sam Raimi abandona totalmente o gênero do terror, investindo pesado em uma história de aventura e fantasia medieval, tamanha discrepância fica claro com o criador da serie inclusive alterando o nome do filme que sequer faz qualquer referência ao seu titulo de origem the evil dead, muito embora o seu lançamento ao redor do mundo na maioria das vezes trouxe referencias da franquia como evil dead 3, medieval dead, assim como no Brasil foi batizado de uma noite alucinante 3 dando sequencia direta aos filmes anteriores.
Embora a bilheteria e o lançamento em home vídeo arrecadados ao redor do mundo tenham cobrido os custos de produção, Army of Darkness / uma noite alucinante 3 não se caracterizou um sucesso de critica e publico tendo inclusive uma aprovação bem abaixo da média se comparado aos seus antecessores the evil dead e the evil dead 2 que foram produzidos com custos irrisórios se comparados a este filme.

Mesmo com todos esses fatos, Army of darkness consolidou o personagem Ash Willians como um personagem cult e lembrado até hoje tendo conquistado uma legião de fãs, inclusive é esperado até os dias atuais que Sam Raimi realize uma sequencia direta de Army of darkness, fato que nunca foi descartado pelo cineasta o ultimo boato deu conta que Fede Alvarez que realizou o remake de ‘a morte do demônio’ no inicio de 2013 já estaria trabalhando em uma sequencia do remake dando continuidade à jornada da jovem heroína Mia, e simultaneamente Sam Raimi também estaria negociando com alguns estúdios para a realização da sequencia de Army of darkness, para que após a realização dos 2 filmes, as histórias de ambos se cruzassem em um crossover envolvendo Ash e Mia, muito embora eu acho muito improvável que esses três filmes ocorram, o mais provável mesmo é que aja uma sequencia do remake de ‘a morte do demônio’ com algumas cenas envolvendo Ash interpretado por Bruce Campbell que sejamos sinceros, hoje em dia já passou do ponto.
Os dois finais de uma noite alucinante 3 / Army of darkness:
Sam Raimi teve total liberdade do produtor Dino de Laurentis para desenvolver a 3º parte da saga de Ash, porem na pós-produção sofreu grandes intervenções da universal pictures que pegou no pé do cineasta sobre diversas questões no filme além da pedida de mais 3 milhões por parte de Raimi para finalizar o filme que acabou tendo o seu lançamento atrasado em quase 1 ano, porem a maior controvérsia ficou no desfecho do filme, Sam Raimi tinha filmado o seu final, porem acabou tendo que filmar um 2º final que acabou tornando-se o desfecho oficial de Army of Darkness.

Final oficial (loja S mart):
Na cena final filmada por imposição do estúdio, Ash despede-se do seu afair na idade média, e a cena seguinte já mostra o mesmo trabalhando novamente na loja de utensílios domésticos que já havia sido mostrada no inicio do filme, em meio a uma conversa com um colega em que falava empolgado que poderia ter sido um rei na idade média se quisesse, logo surge uma bruxa em plena loja e o herói em uma pequena batalha consegue abater o monstro, em seguida beijando a funcionária da loja (interpretada por Bridget Fonda assim como sua namorada também na cena inicial) em uma cena final bem brega e patriotista, mostrando diversas bandeiras dos EUA. Embora não seja o mesmo final da versão lançada em home video no Brasil, esta versão de uma noite alucinante 3 foi exibida inúmeras vezes pela tv globo nos anos 90 e tornou-se bem conhecida pelos telespectadores brasileiros, abaixo há um vídeo dublado da cena em questão que achei disponível no youtube e disponibilizei no blog para quem quiser conferir:

Final alternativo (Mundo apocalíptico):
Na cena final filmada inicialmente e disponível na versão de diretor lançada recentemente nos EUA, Ash recebe uma poção magica do mago local e é orientado a tomar algumas gotas da poção, falar as palavras magicas e dormir para assim acordar na sua época de origem, então o personagem se isola em uma gruta e fica preso por lá para repousar o tempo determinado, porem novamente o atrapalhado herói faz confusão e acaba tomando poção demais, acordando em um futuro totalmente caótico, terminando a história gritando em meio ao cenário apocalíptico. fato curioso é que o VHS de uma noite alucinante 3 lançado no Brasil em 1993 pela distribuidora cannes continha esse final ao invés do oficial, por sorte também achei esta versão alternativa dublada disponível no youtube e deixei abaixo para quem tiver curiosidade:

Conclusão:
Embora eu particularmente reprove arduamente o caminho que a serie tomou não só neste filme como já no anterior uma noite alucinante 2 considerando que o terror gore do 1º filme poderia ter rendido filmes muito melhores e mais memoráveis, assistindo novamente há este filme considero que trata-se de um ótimo entretenimento para quem queira se divertir sem ser muito exigente, embora considere que os efeitos especiais e maquiagem não honrem os mais de 12 milhões gastos em sua versão final, quem quiser ver uma noite alucinante 3 como um mero entretenimento deve até gostar e dar algumas risadas, porem quem for assistir ao filme considerando-o uma terceira parte de uma trilogia que começa com ‘uma noite alucinante’ de 1981, certamente vai se decepcionar e muito.

UMA NOITE ALUCINANTE 2 / THE EVIL DEAD 2 (1987)

Depois do espantoso sucesso de ‘uma noite alucinante’era mais do que claro que ocorreria uma continuação da história, o próprio Sam Raimi juntamente com o seu fiel escudeiro e protagonista do filme Bruce Campbell já sabiam exatamente o que iriam filmar, porem na cabeça de Raimi uma sequencia de The evil dead ainda demoraria muitos anos para ser filmada, pois o cineasta tinha outras ideias em mente, em 1985 Raimi na crista da onda aceitou dirigir um projeto levado através dos hoje ganhadores do oscar de melhor diretor Ethan e Joel Cohen chamado de crimeware, o longa-metragem foi um total fracasso de critica e publico e as coisas ficaram bem feias para Sam Raimi e Bruce Campbell que haverá sido protagonista de crimeware por insistência do próprio Sam Raimi.
Cientes que o fracasso de ‘crimeware’ poderia arruinar as suas carreiras, Sam Raimi e Bruce Campbell se apressaram para articular a continuação de the evil dead e necessitando de um braço forte para bancar suas ideias acabaram aproximando-se do lendário produtor Dino de Laurentis.
Muito embora o produtor de imediato tenha relutado muito em bancar a sequencia de ‘a morte do demônio’, acabou sendo convencido por Stephen King que assim como no 1º filme, novamente ajudou e muito Sam Raimi conversando pessoalmente com Laurentis e mostrando que uma sequencia de ‘uma noite alucinante’ naquele momento seria um potencial sucesso de critica e publico.
Embora tenha sido um relativo sucesso e obtido grande aceitação do publico em seu lançamento no ano de 1987, The evil dead 2 ou uma noite alucinante 2 conforme foi batizado na sua chegada em VHS no Brasil decepciona os fãs do horror exatamente por trilhar outro caminho.

Se no 1º filme Sam Raimi e Cia. apostaram pesado no horror gore com uma história simples e emblemática, esta sequencia decidiu seguir por um caminho muito peculiar e exagera no humor, dando total foco ao personagem Ash e sua jornada a ascensão como caçador de monstros.
O 1º ponto confuso nesta sequencia é exatamente em seu inicio, Sam Raimi optou por usar os primeiros 5 minutos da projeção para recontar os acontecimentos do 1º filme porem refilmou as principais sequencia e o pior: distorceu a história original. Se no 1º filme tínhamos toda uma situação onde um grupo de amigos passavam o fim de semana em uma cabana alugada e sequencias memoráveis como a clássica cena da irmã de Ash possuída pelo demônio e presa no porão da cabana, aqui Sam Raimi inexplicavelmente resolveu refilmar à história como se apenas Ash com a namorada tivessem viajado para as colinas e absurdamente invadido uma cabana para passarem o fim de semana, o tal fato idiota ocorreu simplesmente para encaixar a personagem Annie (Sarah Berry) que teria uma participação mais pra frente na história, o resto apenas copiou a história original e logo o filme chega no ponto onde a história originalmente parou, ai fica a pergunta: porque simplesmente esta sequencia não começou da onde o 1º filme parou? As versões existentes para esse fato absurdo são as seguintes: na versão oficial o próprio Sam Raimi disse que trazer todo o elenco de volta para refilmar às cenas aumentaria muito os custos do filme, portanto optou em simplesmente refazer a origem, a versão não confirmada, mas que provavelmente é a real fala que Sam Raimi nos primeiros anos após o lançamento de ‘uma noite alucinante’ sentia que o filme devido às limitações orçamentarias era fraco, e refazer estas sequencias de alguma forma corrigiriam essas limitações, embora eu nunca tenha visto qualquer depoimento oficial a respeito, tenho quase certeza que hoje em dia com o filme original tendo tornando-se um clássico definitivo do horror, o diretor deve ter se arrependido e muito de ter refilmado essas cenas neste 2º filme da serie.
     
Alem das diversas refêrencias ou cópias descaradas que esta sequencia faz do filme original, há tambem a classica cena do estupro das arvores porem desta vez ocorre sem qualquer motivação plausivel, e o filme prossegue com Ash tentando fugir daquele lugar, e com o cair da noite se vendo novamente naquele local enfrentando os demônios que assolam aquela cabana, as sequencias que se seguem com o fantasma de sua namorada, a infame cena onde Ash decepa a própria mão e em seguida uma surtada cena onde todos os moveis na sala da cabana começam a dar risada (sim, moveis rindo!) com Ash caindo na gargalhada junto, já nesse ponto o filme o expectador tem a certeza que esta sequencia de ‘a morte do demônio’ não se trata de um filme de horror.

Apesar de eu reprovar intensamente esta sequencia, boa parte do publico considera the evil dead 2 um filme até melhor do que o original, no Brasil este filme foi lançado em VHS inicialmente como: ‘uma noite alucinante’ sequer considerando que na verdade o titulo seria  ‘uma noite alucinante 2’ fato que foi corrigido nos relançamentos posteriores, porem fez com que muitos nem tivessem conhecimento do filme original, e tal estratégia não ficou limitada apenas aqui, muitos outros lançamentos do filme ao redor do mundo principalmente no mercado de home vídeo repetiram a dose.

Mas a grande referencia deste filme ficou em lançar o personagem Ash ao status de ídolo cult e referencia na cultura pop, de um mero universitário e único sobrevivente de um ataque voraz do mal no filme original, passou a ser um desmiolado herói com habilidades únicas de enfrentamento de monstros e uma coragem muito acima da média, além de acoplar no lugar da mão decepada uma serra elétrica, este perfil de Ash ficou eternizado até os dias atuais.
Alguns anos mais tarde Sam Raimi e Bruce Campbell se reuniriam novamente para filmar o projeto que seria a menina dos olhos da serie the evil dead intitulado de Army of Darkness e no Brasil simplesmente batizado como uma noite alucinante 3.

Uma noite alucinante 2
Titulo original: the evil dead 2
Diretor: Sam Raimi
Elenco: Bruce Campbell, Sarah Berry, Dan Hicks
Kassie Wesley DePaiva, Ted Raimi, Denise Bixler
Richard Domeier, John Peakes, Lou Hancock,
Snowy Winters.
Produção: Robert G. Tapert
Roteiro: Sam Raimi, Scott Spiegel
Fotografia: Peter Deming
Trilha Sonora: Joseph LoDuca
Duração: 85 min.
Ano: 1987
País: EUA
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: De Laurentiis Entertainment Group (DEG) 
and Renaissance Pictures

UMA NOITE ALUCINANTE / THE EVIL DEAD (1981)

Para um filme de terror dar certo basicamente são necessárias apenas três coisas: uma boa ideia, um estúdio ou patrocinadores que a banquem e uma equipe competente e criativa para colocar o projeto em prática, é obvio que mesmo nos dias atuais ainda é extremamente difícil para um diretor novato conseguir se destacar a ponto de chamar a atenção de algum estúdio ou mesmo patrocinadores que banquem o seu projeto, embora eu vejo que hoje em dia o processo inverteu, se olhando para o passado vemos diversos exemplos de cineastas, produtores e roteiristas que surgiram em projetos enxutos e ambiciosos, hoje em dia temos um volume muito maior de produções do gênero e uma distribuição diluída mundialmente, essas questões aliadas às ferramentas de mídia social como facebook, youtube e tantos outros na Web tornaram o cenário atual muito mais aberto para divulgações de trabalhos, muito embora o ambiente automaticamente se tornou muito mais competitivo aliado ao publico que com a leva de filmes de terror lançados toda semana nos cinemas e com os parâmetros já estabelecidos se tornou muito mais exigente.
Porem, a mais de 30 anos atrás, quem queria divulgar o seu trabalho não poderia simplesmente filmar e postar um curta-metragem no Youtube como nos dias de hoje, então se você estava começando e não tinha grana, o jeito era usar a criatividade e tentar se aproximar de algum estúdio ou mesmo pessoas influentes no meio, ou simplesmente alguém que pudesse ser um facilitador, e no ano de 1981 uma equipe de jovens produtores encabeçada pelo cineasta Sam Raimi e o jovem ator Bruce Campbell lançaram em algumas salas de cinema nos estados unidos The Evil Dead ou: uma noite alucinante no Brasil, que conseguiu ser um grande sucesso na época e arrecadou a bagatela de 9 milhões no seu lançamento em todo o mundo, porem a importância deste hoje clássico de Sam Raimi só viria a ter o seu reconhecimento oficializado de fato muitos anos depois de seu lançamento.
Assistir a 'uma noite alucinante' nos dias de hoje talvez não seja uma experiência das mais empolgantes, considerando que a obra envelheceu consideravelmente, mas se considerarmos que o filme foi concebido com a mixaria de 90.000 dólares americanos certamente já se enxerga a obra prima de Sam Raimi e Bruce Campbell sob outra ótica.
Embora tenha sido lançado no ano de 1981, o embrião de The evil dead (ou uma noite alucinante, títulos do filme no Brasil) foi gerado muito antes,  nos anos 70 os amigos Raimi e Campbell dirigiam como mero Hobby diversos longas-metragens com a clássica filmadora super 8 e baixíssimos orçamentos, após algumas pesquisas os dois chegaram à conclusão de que o melhor caminho para alcançar algum êxito seria abandonar a comédia e filmar um curta-metragem de horror, o que não levaria mais de 2.000 dólares, e assim nascia o curta: Into the Woods.

Não satisfeito com o curta-metragem, e considerando que Into the Wood tinha potencial para tornar-se um longa-metragem de sucesso, Sam Raimi correu atrás de parcerias com diversos amigos e conhecidos e simpatizantes que tornariam se voluntários, conseguiu primeiro um apoio jurídico e depois angariou recursos até mesmo com parentes para conseguir o esboço do orçamento para filmar o que se tornaria o filme ‘uma noite alucinante’.
O passo foi escalar o elenco encabeçado pelo próprio Bruce Campbell com atores desconhecidos e voluntários, e em seguida achar um local para filmagem, a ideia inicial de Raimi era filmar o longa em Michigan, cidade natal de Sam Raimi e Bruce Campbell, porem como era necessário reduzir drasticamente os custos a saída foi filmar no pântano de Morristown, cidadezinha no estado americano do Tennessee, onde já havia inclusive a cabana da história e não foi preciso gastar com cenários.
A morte do demônio conta a história de 5 amigos universitários, o casal Ash (Bruce Campbell) e Linda (Betsy Baker), Scotty (Hall Delrich) e Shelly (Sarah York) e a irmã de Ash, Sheryll (Ellen Sandweiss) que alugam uma cabana nas colinas do Tennessee para curtirem um final de semana, porem o que nenhum deles esperavam é era encontrar na cabana era uma versão do livro dos mortos e um gravador com encantamentos demoníacos do livro que quando tocado libertariam os demônios, logo Sheryll seria afetada pela presença do mal e possuída pela entidade demoníaca, dai para frente um a um dos amigos começam a ser atacados por Sheryll quando Scotty consegue trancar a garota no porão, porem já era tarde demais e o mal estava liberto, cabendo a Ash tentar por um fim na situação em um cruel embate com o demônio.

Com uma história simples, e muita criatividade, uma noite alucinante logo conquistou algumas plateias limitadas e conseguiu o feito de ser convidado para o festival de Cannes no ano seguinte ao seu lançamento, e logo em sua primeira exibição no festival teve a sorte de ter como expectador ninguém menos que Stephen King, o mago do horror gostou tanto do filme que deu nota máxima para a produção e fez diversos comentários quanto à originalidade e potencial do filme como um novo parâmetro para o cinema do horror, a avaliação positiva de King para o longa despertou o interesse do estúdio New Line Cinema, que em 1982 resolveu bancar a distribuição de ‘uma noite alucinante’ em diversos países além de relança-lo nos cinemas estadunidenses desta vez de forma oficial.
Estava estabelecido uma nova marca no cinema, 'uma noite alucinante' tinha sido concebido como um filme independente, filmado e editado de forma praticamente caseira, e havia conseguido o feito de estar sendo lançado e distribuído em todo o mundo inclusive tendo campanhas de marketing milionárias, algo inimaginável na cabeça dos envolvidos nas filmagens quando se mal tinha orçamento para as acomodações dos 13 membros do elenco e produção.
Após a produção gerar arrecadações milionárias em todo o mundo inclusive se estabelecendo como best seller no exigente mercado do Reino Unido em 1982, no ano seguinte era a vez do filme estourar no recém-criado mercado de Home Vídeo.
Uma noite alucinante trata-se de um dos melhores e mais inventivos filmes de terror já realizados de todos os tempos, e estabeleceu uma marca muito influente tendo gerado mais duas sequencias, um Reboot também nas telonas em 2013 além de videogames, historias em quadrinhos e até mesmo um musical na Broadway é mole? Fora ter tornado o personagem Ash um ícone cult na cultura Pop tendo até mesmo entrado em um embate com os mitos Freddy Krueger e Jason Vorhees através de uma linha de gráphic novels consagrada, além de ter revelado o diretor Sam Raimi que é o grande responsável pelo sucesso desta obra, afinal é de se admirar a persistência do mesmo em colocar o filme em prática mesmo com todas as condições adversas de filmagem e recursos e a na época improvável possibilidade de alcançar algum sucesso com o filme realizado sem qualquer patrocínio ou recursos de estúdios, fico imaginando o que passava na cabeça de Sam Raimi em 2007 quando recebeu um orçamento de R$ 258 milhões de dólares para filmar o desfecho de sua trilogia de o homem aranha, penso se em algum momento ele deve ter feito um paralelo dos tempos de vacas magras quando realizou este excelente 'uma noite alucinante' por míseros R$ 90.000 dólares, ele deve ter dado muita risada se fez a conta que com o orçamento que realizou homem aranha 3 custou 2.838 vezes o valor gasto em ‘a morte do demônio’ em 1981. 


A Morte do Demônio 
Título Original: The Evil Dead
Diretor: Sam Raimi 
Elenco: Bruce Campbell: Ashley 'Ash' J. Williams,
Ellen Sandweiss: Cheryl, Richard DeManincor:
Scott, Betsy Baker: Linda, Theresa Tilly: Shelly, 
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Classificação etária: 16 anos
Tempo de Duração: 85 minutos
Ano de Lançamento: 1981

quinta-feira, 9 de maio de 2013

BRINQUEDO ASSASSINO 3 (1991)

Quando um filme chega em uma ‘parte 3’ há apenas duas situações: ou é porque trata-se de uma franquia fantástica e que ainda tem boas histórias para contar, ou é porque os seus idealizadores pretender espremer ao máximo a laranja pra tomar o suco ou seja: lançar uma nova sequencia por motivos meramente caça niqueis, infelizmente na história geral do cinema o 2º exemplo é largamente mais frequente, e esta 3º e ultima parte da serie ‘brinquedo assassino’ exemplifica bem estes casos de sequencias lançadas para meramente ganhar alguns milhões de dólares aproveitando-se da fama que a serie ganhou nos filmes anteriores.
Não sou contra sequencias, ao contrario, acho que são extremamente validas, e quando falamos de franquias de horror e suspense é algo ainda mais palpável de ser realizado, o problema é quando os produtores e estúdios, na sede de ganhar mais e mais com a serie começam á aceitar filmar qualquer porcaria de roteiro que venha primeiro, na intenção de lançar sequencias em intervalos de tempo menores que 1 ano, na clara intenção de aproveitar o sucesso que o filme anterior fez, certamente este foi o caso de brinquedo assassino 3.
A história começa na fabrica onde terminou o 2º filme, aparentemente abandonada há anos, e retomando a produção dos bonecos good guys (ou bonzinho na versão dublada) iniciando claro pelo que sobrou de Chucky.
Na cena seguinte acompanhamos os executivos do alto escalão da companhia de brinquedos relembrando em um slide show os acontecimentos que levaram a fabrica a interromper a produção do boneco após os escândalos envolvendo os acontecimentos relacionados ao garoto Andy e o suposto boneco bonzinho possuído pelo estripador de Lake Shore Charles Lee Ray.
Durante a tal reunião seria decidido se a empresa avançaria ou não na idéia de relançar o boneco que haverá sido grande sucesso até os acontecimentos dos filmes anteriores, lembrando que a história avançou 8 anos no tempo desde o 2º filme.
Ao estilo de grande empresário inescrupuloso, o dono da empresa bate o martelo que o boneco será lançado novamente no mercado, fazendo inclusive um discursinho capitalista sobre crianças consumidoras bem ao estilo de Donald Trump nos anos 90.
Logo o velho empresario recebe como brinde o 1º modelo do boneco recém-saído da linha de montagem, é óbvio que não demora muito pra notar que justamente aquele boneco seria Chucky novamente reciclado e novo em folha, dai para frente não fica difícil imaginar que Chucky matara aquele cara e seguira sua jornada sangrenta novamente em busca de Andy.
Já andy desta vez um rapaz no alto dos seus 16 anos acaba de ingressar em uma escola militar após passar anos pulando de família em família adotiva, e não demora para que Chucky consiga chegar até o colégio, porem um garotinho que é fan do boneco bonzinho acaba encontrando Chucky que por sua vez revela sua identidade ao garoto, seguindo a magia negra imposta na história, desta vez Chucky deve possuir o corpo da 1º pessoa que revela sua verdadeira identidade, neste caso o jovem Tyler (Jeremy Sylvers).
Porem Chucky na sede de vingança decide ir atrás de Andy para mata-lo e acaba revelando seus planos com o garoto Tyler, e a partir dai a história segue com Chucky matando geral no colégio militar enquanto Andy tenta proteger o garoto Tyler de Chucky.
A história pouco atraente deste brinquedo assassino 3 alem do fato de o filme se passar quase que inteiramente dentro de um colégio militar recebeu diversas criticas de fãs e críticos na época, e fora a sempre boa interpretação de Brad Douriff como a voz de Chucky, não a lá grandes atrativos neste filme, fato é que o longa recebeu a pior classificação para um filme de terror americano no ano de 1991 alem de ter sido um fracasso nas bilheterias arrecadando na sua somatória geral em todo o mundo 20,5 milhões de dólares.
O elenco também foi fraquíssimo, e até mesmo o personagem principal Andy adolescente interpretado por Justin Whalin não consegue convencer em momento nenhum que aquele moleque trata-se do mesmo Andy interpretado de forma excelente pelo ator mirim Alex Vincent nos 2 primeiros filmes.
Brinquedo assassino 3 tambem ficou marcado na época por uma polemica no reino unido envolvendo a morte de uma criança que foi assassinada por outros 2 garotos de 10 anos, na época a policia local teria ligado o assassinato ao fato do pai das crianças ter alugado a fita cassete de brinquedo assassino 3 meses antes e a igualdade do crime com uma das cenas de assassinatos cometidos pelo boneco, porem anos depois essa hipótese foi totalmente descartada livrando a cara dos produtores do filme, muito embora este fato acabou limitando mais ainda a classificação dos filmes no reino unido.
O fato é que fora duas ou três cenas legais como a parte onde o coronel do colégio militar infarta e morre só de ver ver Chucky com cara de irado e pronto para assassina-lo ou os sempre bem humorados comentários do boneco como a cena onde Andy beija a garota e Chucky com sua ironia habitual fala: eu preciso mesmo sair deste corpo, brinquedo assassino 3 é um filme fraquíssimo e cansativo, não traz absolutamente nada de novo a serie e consegue falhar em questões basicas como a própria motivação de Andy, que aparenta estar mais perdido do que o diretor do filme, o próprio Dom Mancini que criou a serie e esteve envolvido em todos os filmes de Chucky, admitiu que o filme é definitivamente o pior da serie e foi escrito quando suas idéias haviam se esgotado, tendo inclusive concebido o roteiro de brinquedo assassino 3 antes mesmo do lançamento do 2º filme e sob pressão do estúdio universal que para economizar custos começou a filmar a sequencia tão logo brinquedo assassino 2 estourou nas bilheterias.
A verdade é que depois dessa bomba a franquia brinquedo assassino foi definitivamente enterrada e jogada para escanteio pela universal estúdios, e o personagem Chucky foi redescoberto e levado a uma nova geração de jovens 7 anos depois através do filme ‘a noiva de Chucky’ que seguiu por um caminho que diminuiu o terror e aumentou o humor, dosagem que deu um novo rumo para a franquia.

Brinquedo assassino 3
titulo original: child's play 3
Diretor: Jack Bender
Elenco: Andrew Robinson, Peter Haskell, Brad Dourif,

Perrey Reeves, Justin Whalin, Jeremy Sylvers,
 Dakin Matthews, Burke Byrnes, Matthew Walker,
 Dean Jacobson, Travis Fine, Donna Eskra,
 Edan Gross,  Terry Wills, Richard Marion,
 Laura Owens, Ron Fassler,
 Michael Chieffo, Henry G. Sanders, Lois Foraker,
 David Ellzey, Mark Christopher Lawrence,
 Richard A. Pack, Michael Renna, Ryan Austine,
 Kent Winfrey, Matt Daniels, Aimee Joy Slutske,
 Alexis Kirschner, Jessica Kirschner,
 Sophie Owens-Bender, Hannah Owens-Bender,
 Kim Stockdale, David Sosna
Produção: Robert Latham Brown
Roteiro: Don Mancini
Fotografia: John R. Leonetti
Trilha Sonora: John D'Andrea, Cory Lerios
Duração: 90 min.
Ano: 1991
País: EUA/ Reino Unido
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: Universal Pictures