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quinta-feira, 31 de março de 2011

CANNIBAL HOLOCAUST (1980)

Nunca fui um fã de filmes sobre canibais, a grande maioria contem um roteiro fraquíssimo e atuações fajutas, o tema por si só já é batido ao pé de sua letra e as gerações atuais bem provavelmente nem viram nada do tipo já que há decadas o tema não engrena nada de interessante, porem um dos grandes clássicos do horror de todos os tempos bebe desta fonte, trata-se do pesado cannibal holocaust, titulo que jamais fora lançado no Brasil e tem uma legião de seguidores ao redor do mundo.
Cannibal Holocaust narra a jornada do professor Harold Monroe (Robert Kerman) que ruma para um distante condado em plena selva amazonica obcecado em descobrir o paradeiro de quatro jovens documentaristas que um ano antes seguiram para o mesmo destino e não mais retornaram.





Durante a jornada o professor embrenha-se na perigosa selva junto de um caçador e um guia nativo conhecendo a bizarra cultura indígena e até interagindo com as tribos locais, após achar alguns objetos dos jovens em meio aos índios Monroe finalmente depara-se com o que era quase obvio, a ossada dos documentaristas e o rolo de fita das filmagens intacto, este tornaria-se o enredo do filme onde o professor Harold retorna a Nova York e trabalharia em cima do conteúdo resgatando as ultimas horas da equipe de documentaristas assassinada pelos índios, porem quanto mais Harold avança nos vídeos mais se da conta dos terríveis feitos cometidos pela jovem equipe em terras indígenas praticamente sentenciando suas prematuras mortes.
Sem jamais poupar no chocante e quase que forçando cenas de morte de animais combinado a ritos dos indígenas e violência desmasiada, o diretor Rugero Deodato criou uma das obras mais violentas se não a mais violenta do cinema, porem o que mais agrada em Cannibal Holocaust é a originalidade do roteiro onde jamais vemos serial killers ou monstros assassinos, é apenas a realidade violentada pela realidade, o tom documentarista imposto por Deodato torna tudo mais sinistro e arrebatador ainda, exemplo crasso foi o diretor chegar a ser preso dias após a estréia do filme acusado de colaborar com a morte real dos atores, pra piorar Deodato obrigou todo o elenco a assinar um contrato de sigilo onde todos deveriam ficar fora da mídia pelo próximo ano, foi preciso chamar todo mundo as pressas para provar o contrario.
Enfim, Cannibal Holocaust é o tipo de obra que é preciso ver pra crer, obviamente que não agradara a todo mundo, até mesmo quem gosta de filmes de horror deve criticar o longa devido as mortes de animais reais e etc., porem não pode-se negar que o filme de Deodato é de uma originalidade surreal alem da maquiagem ter sido primorasamente feita e as atuações convincentissimas do quarteto de jovens documentaristas, podemos considerar Cannibal Holocaust como grande pai de recentes sucessos como a bruxa de Blair e quem sabe avô do bem sucedido horror espanhol 'rec'.


Cannibal Holocaust

Cannibal Holocaust, Itália, 1979, 95 minutos
Direção: Ruggero Deodato
Roteiro: Gianfranco Clerici
Elenco: Robert Kerman (professor Harold Monroe), Francesca Ciardi (Faye Daniels), Perry Pirkanen (Jack Anders), Luca Barbareschi (Mark Tommaso) e Gabriel Yorke (Alan Yates)


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