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terça-feira, 1 de abril de 2014

SEXTA-FEIRA 13 PARTE 5: UM NOVO COMEÇO (1985)

A FRUSTRADA TENTATIVA DE REINICIO DA SERIE, TORNOU-SE UM FILME PARA SER ESQUECIDO!  

Depois de quatro filmes muito bem sucedidos no quesito bilheteria e público, e um desfecho que se não foi de encher os olhos deu um fim digno a franquia, a serie sexta-feira 13 estava terminada como sugeria o titulo e o desfecho do ultimo filme, porem o dinheiro falou mais alto.
Depois de a Paramount produzir três sequencias em quatro anos e em todos os casos faturar praticamente 20 vezes o valor gasto com o filme, o estúdio não aceitou aposentar a sua galinhas dos ovos de ouro nos anos 80, afinal o custo beneficio em lançar um sexta-feira 13 era enorme, além de tratar-se de um filme com enorme facilidade em escrever um roteiro, demandando pouquíssimo tempo para ser filmado e editado além de já ter um formado um público cativo nos últimos anos, os dois últimos filmes da serie haviam promovido o assassino da mascara de hockey Jason Voorhees como grande ícone dos filmes de terror nos anos 80. Ciente de tudo isso, na primeira semana de lançamento de sexta feira 13  – capitulo final com a bilheteria faturando alto como de costume,  o na época “homem forte” da Paramount Frank Mancuso Sênior comunicou o seu filho e produtor dos dois últimos filmes da franquia que providencia-se imediatamente uma nova sequencia de sexta-feira 13 para ser lançada em um prazo inferior a 12 meses além de desta vez utilizar um orçamento menor do que os 1,8 milhões gastos no ultimo filme. 
Então aliamos os seguintes fatores: uma sequencia que não estava planejada pelos envolvidos na serie, um orçamento menor do que o utilizado no ultimo filme, e um prazo menor do que 1 ano para idealizar um roteiro, filmar, produzir, editar e finalmente lançar o filme nos cinemas, é obvio que poderíamos esperar merda pela frente.
Sexta-feira parte 5: um novo começo, como sugere o titulo é uma tentativa de reinventar a serie sexta-feira 13, dirigido por Danny Steinmann que iniciou sua carreira dirigindo um filme pornográfico, e posteriormente teve algum destaque dirigindo o Thriller Ruas Violentas (com a eterna “exorcizada” Linda Blair) assumiu a direção, o roteiro feito às pressas foi escrito a três mãos: o diretor recém-contratado Danny Steinmann, David Cohen e Martin Kitrosser, roteirista da parte 3 chamado às pressas para finalizar este trabalho (Kitrosser que havia feito um bom trabalho no roteiro de SF13 parte 3 aqui suja totalmente sua imagem com este filme desprezível), Frank Mancuso Jr desta vez participaria do filme apenas como produtor executivo (provavelmente já prevendo a bomba que estava por vir).
O filme inicia com o garoto Tommy Jarvis (interpretado por Corey Feldman que fazia uma ponta aproveitando uma folga nas filmagens de “Os goonies”) em uma noite chuvosa procurando pelo tumulo de Jason Voorhees, ao encontrar o tumulo o garoto houve vozes e se esconde entre alguns arbustos, eram dois jovens que por algum daqueles motivos idiotas que só os produtores de um filme de terror deste nível acham, tinham a brilhante ideia de desenterrar o tumulo e abrir o caixão apenas para olharem o defunto, é claro que não demoraria para acontecer o obvio: Jason (que em outra situação absurda estava enterrado com a mascara de hockey e por mais incrível que pareça um facão nas mãos) aniquila os jovens e vai na exata direção de Tommy, quando o assassino esta prestes a matar o garoto, Tommy (agora interpretado pelo ator John Shepherd) acorda em um furgão de uma clinica de psiquiatria, em seguida temos os créditos inicias do filme seguindo rigorosamente os padrões da franquia até aqui.
Tommy chega a tal clínica chamada Pinehurst que “teoricamente” fica nos arredores de Crystal Lake, de cara percebemos que o jovem sofre de graves traumas devido ao embate com Jason em sexta-feira 13 – capitulo final, de cara é recebido por Pam (Melanie Kinnaman), espécie de assistente social do local que logo apresenta o rapaz para o diretor da unidade Mat (Richard Young) e os outros integrantes da clinica, de cara Tommy tem contato com o garoto Reggie (Shavar Ross), neto de um dos cuidadores da clinica, na surtada cena seguinte Joey (Dominick Brascia) um dos doentes da clínica acaba irritando o perturbado Vic (Mark Venturini) que cortava lenha e sem motivo aparente despedaça o gordinho perturbado com o machado, quando a ambulância vem buscar os pedaços da vitima nota-se claramente que o paramédico Roy Burns (Dick Wieand) fica extremamente chocado com o fato que acabará de ocorrer, a câmera faz questão de focar a reação do personagem diversas vezes.
A partir da cena seguinte o carro de dois punks dá problema na estrada, é a deixa para que ambos sejam as primeiras vitimas do assassino, e dai em diante a direção de Danny Steinmann faz um “feijão com arroz sem tempero” da franquia, qualquer personagem secundário que aparece é uma potencial vitima, e certamente os clichês dos filmes anteriores são utilizados como nunca nesta edição: usar drogas é claro sinal que vai morrer dentro de pouco tempo, fazer sexo ou tentar idem, olhou alguém fazendo sexo também morre! até o simples fato de ir ao banheiro fazer um numero 2 neste filme significa: morte.
Quando o filme chega próximo a 1 hora de projeção acontece o obvio: Pam chega na clinica junto do garoto Reggie e ambos deparam-se com todos os jovens da clinica mortos amontoados no quarto de Tommy que neste ponto do filme fugira após uma briga com um caipira local (o sumiço de Tommy foi feito propositalmente no roteiro para que o público imagine que o assassino em questão possa ser Tommy disfarçado), logo Jason ou alguém com a mesma mascara e características físicas estouraria a porta com um facão na mão e iniciaria-se a já famigerada cena da garota desta vez com o moleque correndo feito loucos pela floresta a noite com uma baita chuva, é obvio que pelo caminho encontrariam os corpos das vitimas locais espalhados, ainda daria tempo para mais um clichê da serie: Jason, ou seja, quem for atirar um corpo pela janela.
Atenção: esta parte do texto contem spoilers, informações importantes da trama serão reveladas.
Após Pam e Reggie conseguirem se refugiar em um celeiro semelhante ao do desfecho de SF13 parte 3, Tommy ressurge em um embate do personagem com Jason, após Jason ferir Tommy e Pam tentar acertar o assassino com uma moto-serra o desfecho do embate ocorreria no andar superior do celeiro com o assassino caindo do terraço do celeiro sendo empalado por varias lanças que estavam estrategicamente na entrada do local, nesta cena podemos observar que o assassino em questão não trata-se de Jason, mas sim alguém se passando pelo maníaco de Cristal Lake.
Na antepenúltima cena o xerife da cidade explica a Pam que Roy era pai do jovem Joey que habitava a clínica e havia sido assassinado, e que “provavelmente” ao ver o filho esquartejado, surtou passando a matar em serie, destaque para dois comentários inúteis do xerife para Pam:
- Não sei como ele conseguiu esconder isso todos esses anos, mas ele fez (sobre Roy ser o pai de Joey).
- Eu acho que ele usou esta história do Jason para encobrir os crimes.
Na ridícula sequencia final vemos Tommy atravessando o facão em Pam em mais um pesadelo do jovem, na sequencia Tommy tem outra visão de Jason o encarando, o jovem resignado levanta da cama e retira da gaveta a mascara de hockey, na sequencia Pam entra no quarto para visitar Tommy e se surpreende com a janela quebrada, na cena final vemos Tommy, já trajado com á mascara e prestes a apunhalar as costas de Pam com uma faca, em uma clara tentativa de promover Tommy Jarvis a novo “Jason” para os próximos filmes.
Bilheteria e recepção do publico
Sexta-feira 13 parte 5: um novo começo estreou nos cinemas americanos em 22 de Março de 1985 tendo conseguido uma ótima arrecadação comparada ao seu custo final, porem muito abaixo dos resultados alcançados pelos filmes anteriores da serie tendo conquistado até aqui a infame marca de ser o filme que teve a menor bilheteria da serie e a pior avaliação do público, mostras de que a fórmula já dava sinais de desgaste, o que também obrigou os produtores a fazerem mudanças significativas nos filmes que se seguiram.
Trilha sonora
Sexta-feira 13 parte 5: um novo começo foi uma produção extremamente preguiçosa em quase todos os aspectos, mas diferente do ultimo filme da serie, aqui o habitual colaborador da franquia Harry Manfredini fez um trabalho diferenciado na trilha sonora compondo diversos novos temas que seriam reaproveitados e retrabalhados para os próximos filmes. 
Escondendo o assassino
O clima de mistério criado pela produção deste filme chega a irritar, praticamente todas as mortes que ocorrem ao longo do filme são em off-screen e a produção sequer teve a decência de mostrar o assassino mascarado ao longo do filme, já que em todas as mortes vemos apenas o close dos pés do assassino se aproximando e as mãos do mesmo fazendo o serviço, por mais que o assassino não fosse Jason, o mesmo se apresentava como tal, portanto não haveriam problemas em dar o close do assassino nas mortes, afinal todos que assistem a este filme esperavam ver Jason, ou pelo menos um assassino com a mascara de Hockey.
Falta de criatividade nas mortes e efeitos especiais.
Além das mortes deste filme não trazerem nada de novo a serie apenas copiando toscamente o que já vimos em filmes anteriores, o maquiador de efeitos especiais Martin Becker que já trabalhava na equipe de efeitos especiais desde SF13 parte 3 parece não ter aprendido nada com Tom Savini no ultimo filme, o que vemos são mortes repetitivas como facões e machados atravessando a vitima, corte de garganta e etc. o primeiro assassinato do maníaco com o sinalizador na boca foi uma ideia original, mas muito mal feita na prática, assim como a garota que tem os olhos arrancados com uma tesoura de jardinagem, a desculpa dada pelo diretor Danny Steinmann anos depois foi que seu filme sofreu muitos cortes nas cenas de morte, o que acabou ocultando boa parte do trabalho de maquiagem e efeitos especiais, mas faço questão de lembrar que com exceção do primeiro filme da serie, todas as sequencias também sofreram com a censura e nem por isso ficaram com sequencias de morte tão mal produzidas.
Conclusão:
Sexta feira 13 parte 5: um novo começo é o claro resultado de uma produção caça níquel, ou seja: um filme feito às pressas cujo os idealizadores (e ai ponho na conta do estúdio, diretor, produtores roteiristas e etc.) miraram apenas ganhar dinheiro facilmente através de um orçamento baixíssimo com um roteiro escrito por pessoas que não tiveram qualquer cuidado com a mitologia da serie, um diretor descompromissado, um elenco fraquíssimo e principalmente uma produção que não primou em momento nenhum pela qualidade do material que seria oferecido ao público, tais fatos citados podem ser comprovados em diversos pontos do filme: situações sem pé nem cabeça, personagens sem qualquer carisma aliados a diálogos medíocres, mortes simplórias e as forçadas cenas de drogas e nudez feminina que neste filme soam como atos gratuitos e sem sentido até ao publico menos exigente.

Todos esses revezes juntos fazem o filme parecer uma xerox apagada do que já foi feito em ótimos filmes da serie como as partes 2 e 3, ainda assim depois de tantas falhas em sequencia o filme conseguiria chutar o balde de vez em seu ultimo ato, tentando impor ao publico a continuidade da serie elevando um personagem que de vitima de Jason seria promovido a grande vilão e herdeiro do reinado maligno de do assassino de Crystal Lake, proposta que obviamente sofreu grande rejeição do público que queria mesmo era ver o velho e bom Jason em ação, ao menos isso foi corrigido no filme seguinte, ironicamente para este filme que carrega o subtítulo de “um novo começo” restou apenas ser taxado até hoje como um dos piores filmes da franquia sexta-feira 13, sendo até mesmo excluído da serie por muitos fãs e simpatizantes, já que o assassino aqui não passa de um reles impostor de Jason Voorhees.




Sexta-feira 13 parte 5: um novo começo
Titulo original: friday the 13th part 5: a new beginning
Direção: Danny Steinmann
Roteiro: Danny Steinmann, David Cohen, Martin Kitrosser
Elenco: Anthony Barrile, Bob DeSimone, Carol Locatell, Caskey Swaim, Chuck Wells, Corey Feldman, Corey Parker, Curtis Conaway, Debi Sue Voorhees, Dick Wieand, Dominick Brascia, Eddie Matthews, Jere Fields, Jerry Pavlon, John Robert Dixon, John Shepherd, Juliette Cummins, Marco St. John, Mark Venturini, Melanie Kinnaman, Miguel A. Núñez Jr., Rebecca Wood, Ric Mancini, Richard Lineback, Richard Young, Ron Sloan, Shavar Ross, Sonny Shields, Suzanne Bateman, Tiffany Helm, Todd Bryant, Vernon Washington
Midias disponíveis no Brasil: DVD e Netflix

segunda-feira, 31 de março de 2014

SEXTA-FEIRA 13 PARTE 4: CAPITULO FINAL (1984)

UM ENCERRAMENTO DIGNO PARA O 1º E MELHOR CICLO DA SERIE SEXTA-FEIRA 13. 

Quando sexta-feira 13 parte 3 arrecadou impressionantes 28 milhões de dólares estreando em cerca de 1000 salas de cinema nos EUA em 1983 o produtor do filme e na época homem forte da Paramount: Frank Mancuso Jr iniciou as tratativas para a produção do 4º filme da serie, a esse ponto já não tinha segredo para filmar uma sequencia de sexta-feira 13, Jason, agora mascarado tornou-se um ícone dos filmes de terror e a fórmula já estava disseminada nos filmes anteriores.
No intuito de espremer o orçamento do filme a Paramount reciclou a equipe técnica, o diretor Joseph Zito que havia dirigido dois filmes de terror razoáveis de baixissimo orçamento (Bloodrage em 1979 e O assassino de Rosemary em 1981) assumiu a direção, o roteiro foi escrito por Barney Cohen que colaborava com roteiros para filmes televisivos como o drama Stunts (1977), French quarter (1978) e até mesmo um episódio do desenho he-man e os defensores do universo em 1983.
As novidades não eram todas ruins, além do habitual contribuidor da serie Harry Manfredini voltar para compor a trilha sonora, o filme ganhava um reforço de peso: Tom Savini cuidaria da maquiagem / efeitos especiais, tal reforço na produção tinha motivo: o produtor Frank Mancuso Jr havia decidido que este filme encerraria a serie, assim recebendo o titulo definitivo de: sexta-feira 13 o capitulo final, o próprio Mancuso e Tony Bishop retornariam respectivamente como produtor e co-produtor, funções que já haviam desempenhado no filme anterior.
Sexta-feira 13 – capitulo final se inicia com uma cena de sexta-feira 13 parte 2, Paul junto de outros jovens envoltos em uma fogueira, narra um breve resumo da (até aquele momento) lenda de Jason Vorhees, esta cena é mesclada junto com uma montagem de cenas de mortes nos filmes anteriores, posteriormente temos o titulo e os créditos seguindo o exato script dos outros 3 filmes da serie.    
Seguindo a ordem cronológica dos filmes anteriores (algo que se perderia nos próximos filmes da serie) a trama começa na casa de campo onde ocorreu a carnificina em sexta-feira 13 parte 3, já ao anoitecer, dezenas de policias e enfermeiros carregam os corpos das vitimas para as ambulâncias, nos primeiros minutos de filme Jason ainda permanece caído em frente ao celeiro com o machado fincado na cabeça, dois policiais retiram o machado, cobrem o corpo e o “cadáver” de Jason é levado para o hospital.
Já no hospital podemos notar o inicio dos clichês da serie, no necrotério um casal de enfermeiros esta prestes a fazer sexo quando a mão do “cadáver” Jason escorrega na perna da garota naquelas cenas feitas apenas para render mais um susto ao público, após esfriar a transa, a enfermeira sai do necrotério ainda nervosa com o susto, o enfermeiro coloca o corpo de Jason no freezer e assiste tranquilamente a um vídeo (oitentista ao extremo) com garotas fazendo ginastica, ele não poderia curtir muito o vídeo pois teria sua cabeça serrada por Jason, que após levar uma facada atravessando o ombro esquerdo em sexta-feira 13 parte 2 e uma machadada na cabeça no filme seguinte, macabramente estava vivo, a vitima seguinte seria a enfermeira.
Na cena seguinte o filme apresenta os Jarvis, uma pacata família americana que vive nas redondezas de Crystal Lake composta por Mrs Jarvis (Joan Freeman) a filha adolescente Trish (Kimberly Beck) e o garoto Tommy (Corey Feldman aos 12 anos no seu 1º papel de destaque), que é fascinado por fantasias e brinquedos de terror, a família tem um simpático cão chamado Gordon.
Naquele fim de semana um grupo de seis jovens alugam uma casa de campo bem ao lado dos Jarvis no intuito de curtirem o final de semana e etc. dentre o grupo há todos os estereótipos que bateram cartão nos filmes anteriores: a garota vadia, o machão, a garota virgem que esta em duvida se transa ou não com o namorado, o garoto espertão que se acha o pegador e o mais inteligente (e que vai terminar morto sem pegar ninguém é claro), e o garoto inseguro que acaba conseguindo fazendo sexo e sendo morto (este papel feito por Crispin Glover, ator que juntamente com Corey Feldman são os únicos do filme que conseguiriam estabelecer uma carreira razoável em Hollywood), Pra engordar o casting de vitimas de Jason, surgem magicamente em meio a uma caminhada do grupo na floresta duas belas gêmeas andando de bicicleta, em um N momento alguém tem aquela idéia “original” de todos tomarem um banho de rio pelados, a primeira deixa do filme para mostrar peitos e bundas, clichês da serie que obviamente voltariam a se repetir em outras oportunidades.
Ao mesmo tempo Trish e Tommy estão voltando para Casa porem o carro da família para na estrada, enquanto Tommy tentava arrumar o veículo podemos observar os pés de Jason que se aproxima, porem em mais uma cena de susto os irmãos são surpreendidos por Rob Dier, um caçador de ursos que anda pela região, o rapaz consegue arrumar o carro e recebe uma carona dos irmãos, de cara Rob pinta como o interesse amoroso de Trish, Tommy ainda leva Rob para visitar o seu quarto mostrando as diversas mascaras e brinquedos de terror (todos os adereços de Tommy foram criados por Tom Savini em mais uma clara homenagem ao maquiador) em seguida Rob segue o seu caminho pelas ruinas de Crystal Lake, Trish acompanha o rapaz até a porta.
Enquanto isso o grupo de jovens esta promovendo uma festa na casa, após um desentendimento com o namorado uma das garotas resolve ir nadar no lago a noite (o tipo de besteira que você só que vê alguém fazer em um sexta-feira 13), após mais uma cena de nudez a garota deita em um bote e logo é atravessada por uma faca (o tipo de morte que Tom Savini adora fazer), pra facilitar as coisas ainda mais para Jason, o garoto resolve sair lá pelas tantas da noite para ir atrás da namorada, quando se deparou com o corpo da garota no bote saiu correndo pela água e logo foi atingido por uma flecha na virilha, 2 a menos.
A partir dai o filme segue o script básico dos filmes anteriores, a garota Terri e Sra. Jarvis seriam mortas do lado de fora das casas e depois Jason entraria na casa dos jovens eliminado-os um a um com a diferença que neste filme já começam dotes irreais de Jason que consegue em fração de poucos minutos matar pessoas em locais distantes, além de absurdos como ele quebrar o vidro da janela, puxar a garota Tina e joga-la de uma altura de metros para cima do veículo e nenhuma das três pessoas que ainda estavam vivas na casa terem percebido nada.
Nesta leva de mortes há duas bem interessantes que destaco, a 1º é de Jimmy que ao descer na cozinha tem a mão mutilada por um abridor de garrafas e na sequencia é violentamente golpeado com um cutelo no rosto, o jovem Doug também sofreria nas mãos de Jason, tendo a cabeça violentamente esmagada contra a parede enquanto tomava banho, ambos ainda conseguiram transar antes da morte, brecha que nem sempre Jason da a suas vitimas.

Ao mesmo tempo Trish e Tommy chegariam na casa, quando não encontram sua mãe, Trish sai pelas colinas e acaba encontrando uma barraca armada, em mais uma cena de suspense a barraca é golpeada com um facão e Rob surge, após algum dialogo o rapaz revela que sua irmã Sandra foi morta por Jason (garota atravessada por uma lança junto com o namorado em sexta-feira 13 parte 2) e que esta no local para encontrar o assassino e vingar-se, após o questionamento básico de Trish : mas Jason não esta morto ? e Rob responde que o corpo do assassino sumirá do necrotério, e o questionamento babaca parte 2: mas alguém não roubou o corpo? Com Rob respondendo que mais dois enfermeiros haviam sumido, e então ambos vão até a casa alugada pelos jovens.
Quando chegam no local Rob desce até o porão e Trish sobre ao 2º andar, quando encontra rastros de sangue e em seguida o corpo de Doug preso na parede por uma faca a garota desce as escadas aterrorizadas e entra no porão para dar as novas a Rob que em um surto de raiva fala: eu vou matar ele, e desce novamente as escadas sendo surpreendido e violentamente atacado por Jason, restando ao pobre rapaz falar: ele vai me matar!, corre Trish!, então me pergunto: Como Rob sabia que Jason estava no porão? E Jason estava lá escondido apenas esperando esta poética cena acontecer para matar Rob? Eu chamaria isso de um belo buraco no roteiro.
Agora para Trish resta o papel de toda garota sobrevivente nos últimos minutos de um sexta-feira 13: berrar, gritar e lógico: correr sempre desviando dos corpos que neste filme Jason deixa muito bem escancarados, até mesmo prendendo um dos pobres coitados em uma porta dificultando a saída da garota, quando Trish retorna para sua casa com Tommy, inutilmente colocam um armário para travar a porta, porem Jason repetindo uma estratégia clássica dos filmes anteriores atira o corpo de Rob pela Janela assim facilmente adentrando na casa, outro clichê aconteceria com Jason atirando uma faca em direção a vitima, Trish e Tommy correriam ao quarto do garoto e repetiriam a estratégia do armário na porta, porem logo Jason estouraria a porta a machadadas e teria uma tv atirada sobre a cabeça.
Na cena seguinte Trish em mais uma estratégia burra típica de filmes do gênero voltaria a casa onde os garotos estão mortos em uma tentativa de despistar Jason e obviamente não daria em nada, ao mesmo tempo Tommy que permaneceu na casa rasparia a cabeça no intuito de ficar parecido com Jason quando criança, quando Trish retorna para a casa com o assassino em seu encalço Tommy surpreende Jason que em uma cena parecida com o defecho de sexta-feira 13 parte 2 no barracão, o assassino fica hipnotizado com o garoto, enxergando a sí mesmo quando criança, então Trish golpeia o maníaco com o facão derrubando a sua mascara, em uma cena que podemos analisar o ótimo trabalho realizado por Tom Savini na construção da face de Jason.
Quando Jason volta a sí pronto para matar Trish é surpreendido com um golpe de Tommy onde o facão atravessa o rosto de Jason, o assassino cai com o facão deslizando sobre sua face e os irmãos se abraçam em um pré-final feliz, quando Tommy percebe que as mãos de Jason ainda se mexem pega o facão e passa a golpear Jason violentamente e dando fim ao assassino (pelo menos na sua fase “humana”).
No desfecho do filme Trish esta se recuperando no hospital e pergunta do irmão, então Tommy entra e os irmãos abraçam-se com a câmera focando o rosto enigmático de Tommy.
Final alternativo
Como os seus antecessores, sexta-feira 13 – capitulo final também teve um final alternativo filmado, na cena que não foi utilizada, na manha seguinte a terem derrotado Jason, Trish e Tommy acordam atordoados, Trish houve o giroflex da policia e pede que Tommy recepcione os oficias, a garota observa agua caindo das escadas e sobe para o banheiro da casa, quando chega abre a cortina da banheira encontra o corpo de sua mãe, enquanto a abraça chorando vemos Jason atrás da garota levantando o facão, de repente os olhos do defunto da mãe se abrem brancos, a garota solta o corpo olha para traz aterrorizada e Jason a golpeia, então vemos a garota acordando no hospital e tudo não passou de um sonho. Em um raro momento de lucidez o diretor Joseph Zito preferiu não utilizar a cena já que na sua opinião poderia fazer o público desviar o foco de que aquele filme era o capitulo final, diferente dos 2 filmes anteriores, a produção do filme guardou as cenas não utilizadas na versão final que foi para os cinemas e posteriormente lançada em home vídeo, e em 2009 a Paramount lançou nos EUA uma edição deluxe do filme com este final alternativo e mais algumas surpresas que comentarei abaixo.   


Material não utilizado e censurado:
Sexta-feira 13 – capitulo final também teve muito material além do final alternativo que na edição final não foi utilizado ou acabou censurado, a parte boa é que assim como o final alternativo, a produção do filme também guardou os tapes completos deste material que também esta disponível na edição deluxe do filme, as cenas estão divididas em 2 videos que estão disponíveis no youtube, assim como o final alternativo acima, postei estes vídeos no blog para quem tiver interesse acompanhar.
Cenas deletadas
Neste vídeo temos quase 8 minutos de cenas que não foram utilizadas em sexta feira 13 – capitulo final, dentre as cenas há um dialogo dos enfermeiros na ambulância que transporta Jason para o hospital, uma cena onde Tommy da um susto em Trish com uma de suas mascaras pouco antes da aparição de Rob, Tommy pregando uma peça em Rob com uma de suas maquiagens a lá Tom Savini, alguns diálogos entre os jovens na casa de campo e Rob utilizando um aparelho de radio frequência em sua barraca.   


Mortes estendidas

Para driblar a censura e conseguir baixar a faixa etária do filme, as cenas de morte em sexta-feira 13 – capitulo final assim como em seus antecessores e boa parte dos filmes de terror da época precisaram ser mutiladas, abaixo segue vídeo com as mortes estendidas: destaque para a cena da enfermeira picotada com o bisturi, mais longa e com muito mais sangue, a garota atravessada com a faca no bote, que originalmente filmada tem 3 vezes o tempo da que foi veiculada no filme e com o close do corpo todo da garota agonizando nua no bote além da cena final em que Tommy golpeia Jason com o facão, com muito mais sangue jorrando.


Pouco trabalho na trilha sonora:
Harry Manfredini não teve muito trabalho para compor a trilha sonora de sexta-feira 13 – capitulo final, tirando um ou dois acordes que o compositor retrabalhou, mais de 90% das trilhas são reutilizadas dos 3 filmes anteriores.
Bilheteria:
Sexta-feira 13 – capitulo final estreou nos EUA em uma sexta-feira 13, 13 de Abril de 1984, bateu recorde estreando em 1594 salas, além de repetir o feito dos 2 ultimos filmes e ficar em primeiro lugar na sua semana de estreia, a bilheteria final do filme superou levemente os resultados do seu antecessor: sexta-feira 13 parte 3 – 3D, além de ter conseguido o feito de ser o filme de terror mais assistido no ano de 1984, superando o primeiro filme da serie a hora do pesadelo, e que rivalizaria com a franquia sexta-feira 13 durante o resto daquela década.
Legado:                 
Sexta feira 13 capitulo final (ou sexta-feira 13 parte 4 como também é muito conhecido por boa parte do público) fechou o 1º ciclo da serie, quando ainda vemos um Jason com características humanas, muito embora nesta quarto filme já há muitos fatos que podem ser interpretados como sobre-humanos realizados pelo vilão, ainda assim seriam fichinha perto do que ocorreria nos próximos filmes, principalmente da 6º parte em diante, e embora seja um dos roteiros mais furados da serie, é um dos títulos mais lembrados por quem gosta do gênero terror, um dos feitos deste filme foi apresentar a serie Tommy Jarvis, o garoto que acabou sendo um dos poucos oponentes a conseguir derrotar Jason Voorhees ainda apareceria nos 2 próximos filmes da serie, porem não mais interpretado por Corey Feldman que ficaria eternizado no papel, que também alavancou a carreira do garoto, que depois deste filme elevaria-se a astro-mirim ícone na década de 80 estrelando clássicos como Os goonies, Conta comigo e Garotos perdidos.
Analise final:

Embora esteja longe de ser o melhor exemplar da serie, sexta-feira 13 capitulo final encerra de forma eficiente a 1º fase de Jason Voorhees nos cinemas, também é preciso considerar que este foi o filme mais fácil de ser filmado até aqui, pois as características de Jason como a mascara de hockey já estavam estabelecidas no imaginário popular, o roteiro como era de se esperar segue todos os clichês possíveis dos filmes anteriores, assim como outros detalhes como a trilha sonora já citada também é a mesma dos filmes anteriores, então analisando do ponto de vista de criatividade sexta-feira 13 capitulo final é um filme preguiçoso, quase que inteiramente apegado ao que já fora estabelecido nas partes 1, 2 e 3, apenas se salva por 2 fatores pontuais, 1º o garoto Tommy Jarvis, personagem que faz a diferença na trama e da folego ao fraco roteiro de Barney Cohen, 2º o excelente trabalho de maquiagem / efeitos especiais realizado por Tom Savini, com o acesso as cenas de morte estendidas podemos ver o quão brilhante é este profissional que não a toa foi e é um dos melhores maquiadores da história do cinema, certamente o grande nome quando falamos em filmes de terror.


Sexta-feira 13 - capitulo final
Titulo origninal: Friday the 13th - the final chapter 
Direção: Joseph Zito
Produção: Frank Mancuso Jr
Co-produção: Tony Bishop
Roteiro: Barney Cohen, Bruce Hidemi Sakow
Elenco: Abigail Shelton, Adrienne King, Amy Steel, Antony Ponzini, Arnie Moore, Barbara Howard, Betsy Palmer, Bonnie Hellman, Bruce Mahler, Camilla More, Carey More, Clyde Hayes, Corey Feldman, Crispin Glover, Dana Kimmell, Erich Anderson, Frankie Hill, Gene Ross, Jack Marks, Jaime Perry, Jeffrey Rogers, Joan Freeman, John Furey, John Walsh, Judie Aronson, Kimberly Beck, Kirsten Baker, Lauren-Marie Taylor, Lawrence Monoson, Lisa Freeman, Marta Kober, Nick Savage, Paul Lukather, Peter Barton, Peter Brouwer, Rex Everhart 

Mídias disponíveis no Brasil: DVD e Netfilix

sábado, 29 de março de 2014

SEXTA-FEIRA 13 PARTE 3 (1982)

A INTRODUÇÃO DO ASSASSINO DA MASCARA DE HOCKEY EM UM ÓTIMO FILME DENTRO DE SUAS LIMITAÇÕES. 

Após sexta-feira 13 parte 2 repetir a formula de sucesso dos filmes anteriores: baixo orçamento e alta bilheteria, a Paramount obviamente deu sinal verde para que um 3º filme da serie fosse produzido, o diretor Steve Miner e boa parte da equipe técnica do filme anterior como o compositor Harry Manfredini já haviam assinado contrato para este terceiro capitulo da serie, Steve Miner acelerou a elaboração do roteiro e as contratações para o elenco, o diretor já tinha até a ideia para o novo filme que teria o retorno da protagonista Jinny (Amy Steel) de sexta-feira 13 parte 2, na ideia de Miner, após os acontecimentos do 1º filme Jinny seria internada em um sanatório, lidando com pesadelos e alucinações relacionados ao maníaco Jason, assassinatos passariam a ocorrer no sanatório e o mistério pairaria no ar se Jason estaria perseguindo Jinny novamente, porem Amy Steel recusou o papel em sexta-feira 13 parte 3 e a produção precisou seguir um novo caminho.
Steve Miner sabia que não bastaria apenas repetir todos os clichês já vistos nos dois filmes anteriores, era preciso um diferencial que chamasse a atenção do público, algo inovador e realista, neste mesmo período Frank Mancuso assumiu a unidade de produção da Paramount e já tinha em mente a ideia de produzir filmes em 3D, tecnologia popularizada nos cinemas na década de 50 porem fora de circuito há anos,
Quando Mancuso parou para analisar quais projetos da Paramount poderiam ser encaixados no 3D logo percebeu que sexta-feira 13 parte 3 seria o filme perfeito, direcionado para um público jovem sedento por novidades, e logo providenciou uma reunião com Steve Miner e o responsável pela tecnologia 3D que seria empregada na época: Martin Jay Sadoff, após alguma troca de ideias ficou decidido que sexta-feira 13 parte 3 seria filmado e lançado em 3D de forma inovadora, Frank Mancuso Jr entraria como produtor e Steve Miner que acumulou esta função no filme anterior ficaria concentrado apenas na direção do longa.
O roteiro elaborado as pressas por Martin Kitrosser e Carol Watson da continuidade na penúltima cena de sexta-feira 13 parte 2 quando Jinny consegue derrotar Jason atingindo o ombro do vilão com um facão, após o desfecho da cena original quando Jinny e Paul retiram o saco da cabeça de Jason e com cara de espanto saem do barracão, o filme já corta para uma cena onde vemos Jason se arrastando do local, depois temos uma tomada focando a cabeça decepada de Ms Voorhees e então surge a apresentação do filme, feita com efeitos propositais para destacar o 3D, dai pra frente o enfoque principal do filme seria destacar os diversos efeitos em 3D criados para o filme.
Na continuidade da história acompanhamos um casal que cria alguns animais e tem um comércio alimentício em uma zona rural na localidade dos assassinatos, pela tv a senhora da casa acompanha o banho de sangue que ocorrerá naquela região na madrugada anterior, Jason que se aproximará da casa não demora em assassinar os moradores do local, na cena seguinte um novo grupo de jovens surge, a garota Chris Higgins (Dana Kimmell) esta a caminho da casa de campo de sua família junto com os amigos para o passarem um fim de semana de diversão, perto de chegar no destino se deparam com um comando da policia e testemunham carros de paramédicos e ambulâncias em frente a casa que acabará de ocorrerem o assassinato de um casal.
Na sequencia o grupo encontra um velho caído na estrada, o mesmo saca um olho humano que afirma ter encontrado na noite anterior e fala que é um pressagio e que os garotos deviam correr dali, o grupo sai fincado com a van, este personagem foi uma tentativa de reviver o Crazy ralph dos filmes anteriores.
Ao chegar na casa de campo Chris encontra Rick que logo de cara mostra-se como o par romântico da personagem, na sequencia o público percebe que há algo que ocorrerá com Chris no passado naquele local que a encomoda profundamente, porem o filme ainda não entra nessa parte, ao mesmo tempo conhecemos melhor os personagens do filme, tendo destaque Shelly (Larry Zerner), alivio cômico do filme, o gordo vive de pregar peças no grupo, mais pra frente Shelly teria uma importância muito grande no filme.
Após uma brincadeira de mal gosto na casa, Shelly, e Vera (Tracie Savage) em uma ida ao mercado acabam se envolvendo em uma confusão com um grupo de motoqueiros, mais tarde o grupo chega até a casa de campo, a ideia era colocar fogo no celeiro, porem eis que surge Jason e elimina a garota e os dois rapazes (nesta cena nota-se com clareza que o assassino trocou de roupa na ultima casa em que esteve e assassinou os moradores).
Ao anoitecer Chris e Rick dão uma volta na floresta para conversar, e Chris fala sobre uma noite em que após brigar com os pais resolve fugir para a mata e acaba deparando-se com uma criatura abominável na mata que a persegue, nesta cena o público toma ciência que trata-se obviamente de Jason, mas esta cena tem uma “cratera” no roteiro que falarei mais pra frente.
Enquanto isso Vera esta na beira do lago admirando o anoitecer e Shelly pra variar da um susto na garota com uma roupa de nadador, um arpão e uma mascara de hockey dentro da água, após ser repreendido Shelly entra dentro do celeiro, minutos depois Vera é surpreendida com Jason saindo do celeiro, como ele estava com a mascara de hockey que Shelly usava ela achou tratar-se de Shelly, porem logo que percebeu tratar-se de outra pessoa foi fatalmente assassinada com o arpão lançado em seu olho direito na melhor cena em 3D do filme, esta cena também marca a estréia de Jason Voorhees com a icônica mascara de hockey que acompanharia o assassino dai pra frente.
A partir dai Jason entra na casa e mata um a um dos jovens com destaque para a morte de Andy que após ser fatalmente cortado pelo facão ainda teria suas partes dilaceradas amarradas no teto, na sequencia sua namorada Débbie pega uma revista Fangoria para ler e folheando uma matéria sobre Tom Savini percebe gotas de sangue caindo na revista, quando olha pra cima vê o que sobrou do corpo de Andy pendurado no teto, na sequencia a garota é morta com uma faca atravessando sua garganta em um assassinato idêntico ao que Tom Savini idealizará no 1º filme da série, a cena é uma clara homenagem ao maquiador.  
    
Quando Chris e Rick chegam na casa percebem que há algo de estranho, na sequencia Rick é morto em uma das cenas mais toscas de todos os filmes da serie e dai pra frente sobra para Chris tentar fugir de Jason de todas as maneiras, a partir dai clichês clássicos dos filmes anteriores são repetidos, os corpos assassinados aparecendo pelo caminho da vitima, o carro que em algum momento deixa na mão, as investidas sem sucesso do assassino, corpo jogado pela janela e assim por diante.
Na penúltima cena estão frente a frente Chris e Jason no celeiro, quando o assassino esta pronto para matar a garota, ressurge Ali (Nick Savage), porem o motoqueiro não duraria muito, mas seria o tempo perfeito para Chris acertar um machado na cabeça de Jason que ainda tentaria avançar na garota mas cairia ali mesmo.
No ato final Steve Miner faz uma homenagem ao primeiro filme onde vemos Chris em uma canoa no lago, a garota vê Jason surgindo na janela e depois beirando o lago, depois o assassino some e Chris é engolida para dentro do lago por um zumbi de Pamela Voorhees, no final vemos a policia resgatando Chris como única sobrevivente e notamos que tudo não passará de um pesadelo, porem a garota é levada em um carro de policia completamente atordoada e enlouquecida, o filme se encerra com Jason ainda caído com o machado fincado na cabeça e a cena final do lago.
Bilheteria
A estratégia do 3D que foi carro chefe na divulgação do filme deu muito certo e a estreia ocorreu em 1079 salas em 3D nos EUA arrecadando 28 milhões de dólares em sua semana de estréia, e permanecendo em primeiro lugar nas bilheterias americanas por 3 fins de semana consecutivos, números que crescem os olhos de Hollywood até mesmo nos dias de hoje, tendo sido até então o filme com melhor desempenho em bilheteria na serie, o frisson foi tanto que a Paramount precisou encomendar milhares de óculos 3D para dar conta da demanda de público nas semanas seguintes a estréia.
 Mascara de hockey
Com a pressão da Paramount em lançar sexta feira 13 parte 3D o quanto antes, o filme começou a ser rodado, porem a equipe técnica e diretiva do filme ainda não sabia qual mascara usar no vilão, uma vez que já havia o consenso de que o saco de estopa que Jason utilizava na parte 2 não seria repetido, por concidencia, sorte ou destino, o supervisor de 3D Martin Jay Sadoff era grande entusiasta e praticante de hockey, tendo em seu carro uma mascara, a equipe técnica testou a mesma no interprete de Jason: Richard Brooker, e Steve Miner achou assustador e portanto perfeito, o resto você já sabe.
Precursor do 3D nos filmes de terror dos anos 80
Após o estrondoso sucesso de Sexta-feira 13 parte 3 em 3D, diversos filmes de terror dos anos seguintes foram lançados com a mesma tecnologia, dentre os que obtiveram mais destaque cito tubarão 3D e Amytiville horror 3D, ambos de 1983, até o maior rival de Jason, Freddy Krueger teve o gostinho de estar em um filme 3D em “o pesadelo final – a morte de Freddy Krueger” já no inicio dos anos 90
Cenas filmadas e não utilizadas
De todos os filmes da serie até então, sexta-feira 13 é o que possui (ou possuía) mais material filmado e não utilizado, a maior parte dos cortes ocorreu para o filme obter uma classificação mais branda.
Morte de Andy: A cena inteira filmada mostra Jason cortando a perna direita e rasgando o estomago de Andy, muito embora tenha ficado fora da edição final devido a censura, se pausar a cena onde Andy (ou o que sobrou dele) esta pendurado no teto, podemos ver a perna cortada e parte do estomago pra fora.
Morte de Vera: Após o atrito do arpão a produção diminuiu a quantidade de sangue da cena pois dava uma impressão muito realista do assassinato.
Morte de Debbie: havia um excessiva profusão de sangue semelhante a morte de Kevin Bacon no 1º filme, mas desta vez escorria sobre os peitos da garota.
Morte de Chilli: o empalhamento da personagem com o ferro em brasa originalmente mostrava o sangue em vapor pingando no chão.
Finais alternativos
Sexta feira 13 parte 3 teve diversos finais, nos mais conhecidos e que chegaram a ser filmados,  Chris decepa a cabeça de Jason e em outro Jason decepa a cabeça de Chris, porem Steve Miner achou ambos os finais muito definitivos para o bem e para o mal e optou pela machadada em Jason seguida do pesadelo de Chris, infelizmente o diretor e o estúdio não guardaram essas filmagens, segue abaixo as fotos do final em que Jason decapita Chris:
Maquiagem de Stam Winston
O maquiador e ganhador de 4 oscars por efeitos especiais Stam Winston também desenvolveu maquiagens para sexta-feira 13 parte 3, o grande azar é que o Jason criado por Stam Winston jamais foi utilizado pois era o final alternativo citado acima.
Buraco no roteiro 1
A fisionomia de Jason neste filme não tem nada a ver com a fisionomia do mesmo personagem no filme que antecedeu este, sexta feira 13 parte 2, ok poderíamos até entender esta falha se não fosse por 1 motivo: sexta feira 13 parte 3 começa exatamente onde termina sexta feira 13 parte 2 ou seja: a diferença dos fatos que ocorreram no 2º filme para os fatos que ocorrem neste terceiro filme é de horas, portanto não há explicação plausível para tamanha mudança de fisionomia do personagem. 
Buraco no roteiro 2
Praticamente não há filmes que não tenham suas falhas, porem há uma em sexta-feira 13 parte 3 que é imperdoável, em uma cena que retrata Jason perseguindo Chris no passado, mostra o assassino com a mesma roupa e características deste filme, porem até o telespectador mais desinteressado que tenha acompanhado o filme anterior sabe que as características do personagem, como já foi citado eram totalmente diferentes há poucas horas, portanto se não queriam refazer a maquiagem de Jason de sexta-feira 13 parte 2 poderiam pelo menos ter colocado o saco de estopa que o personagem usava no 2º filme para filmar esta cena, mostraria um mínimo de coerência, e olha que ambos os filmes foram idealizados por praticamente a mesma equipe, imagine se não fosse.
Jason maior e mais forte
Uma das primeiras medidas tomadas por Steve Minner foi contratar um ator alto para dar vida a Jason, o escolhido foi Richard Brooker, um artista circense de 28 anos e 1,91 de altura, como Brooker era magro, precisou usar enchimentos durante toda a filmagem.
Longo e demorado reencontro com o 3D
Embora toda a base de lançamento e sucesso de sexta-feira 13 parte 3 tenha sido feita em torno do 3D, o posterior lançamento do filme para o mercado doméstico (VHS na metade dos anos 80 e DVD no inicio dos anos 2000) e suas inúmeras veiculações por televisões em todo o mundo sempre utilizaram como base a versão em 2D, após o enorme sucesso do filme na época, os negativos originais em 3D ficaram fadados ao esquecimento nos empoeirados arquivos da Paramount, só em 2009 quando estava para ser lançado o reboot de sexta-feira 13 nos cinemas o estúdio resolveu lançar edições especiais dos 3 primeiros filmes da serie (no caso do Brasil as partes 2 e 3 pois o 1º filme é de distribuição da Warner Brothers), e no DVD de sexta-feira 13 parte 3 também incluiu a versão original em 3D, o DVD acompanhava 2 óculos 3D.


Certamente sexta-feira 13 parte 3 é um dos títulos mais populares da serie e habitualmente é escolhido como o filme preferencial de muitos fans da serie também pelo visual e as atitudes humanas do personagem que até mesmo grita de dor ao levar uma facada na perna, ver o personagem sendo golpeado de forma que o limitasse como andar mancando (como neste filme) seria o tipo de reação raríssima nos próximos filmes da franquia, até mesmo quem não gosta da serie sexta-feira 13 costuma a fazer bons comentários deste titulo, embora muitas vezes o filme transpareça muitos pontos mal amarrados como as ligações (ou falta delas) com o 2º filme, sexta feira 13 parte 3 cumpre o estabelecido e é uma excelente diversão até mesmo nos dias de hoje, e mesmo assistindo ao filme em 3D, com as técnicas precárias empregadas no inicio dos anos 80, nota-se o trabalho de excelência realizado pela equipe, alias diria que sexta-feira 13 parte 3 exibido em 3D tem cenas mais realistas e divertidas do que os muitos filmes lançados em 3D nos dias de hoje.



Sexta-feira 13 parte 3
Titulo original: friday the 13th part 3
Direção: Steve Miner
Roteiro: Carol Watson, Martin Kitrosser
Elenco: Amy Steel, Anne Gaybis, Betsy Palmer, Catherine Parks, Charlie Messenger, Cheri Maugans, Dana Kimmell, David Katims, David Wiley, Gianni Standaart, Gloria Charles, Jeffrey Rogers, John Furey, Kevin O'Brien, Larry Zerner, Nick Savage, Paul Kratka, Perla Walter, Rachel Howard, Richard Brooker, Steve Dash (imagens de arquivo), Steve Susskind, Terence McCorry, Terry Ballard, Tracie Savage
Produção: Frank Mancuso Jr
Mídias disponíveis no Brasil: Blu-ray, DVD e Netflix 














sexta-feira, 28 de março de 2014

SEXTA-FEIRA 13 PARTE 2 (1981)

A TRANSFORMAÇÃO DE JASON: DO GAROTO VITIMA DE AFOGAMENTO, PARA UM SELVAGEM ASSASSINO HABITANTE DAS FLORESTAS DE CRYSTAL LAKE!


Após o estrondoso sucesso de “sexta-feira” 13 não demoraria para que a Paramount encomendasse-se uma sequencia ao diretor Sean Cunningham e sua equipe que idealizaram o 1º filme, o problema foi que o diretor tinha a ideia de transformar sexta-feira 13 em uma franquia com filmes sendo lançados anualmente, porem com histórias completamente diferentes e sem nenhuma ligação com o filme antecessor, projeto que logo de cara foi reprovado pela Paramount, com a recusa do estúdio e ainda no calor do sucesso de “sexta feira 13” Sean Cunningham preferiu abandonar o projeto da sequencia, porem a Paramount que já tinhas os direitos de franquia nos EUA e haverá acabado de comprar os direitos de distribuição internacionais para a produção de sequencias da franquia não desistiria da ideia de lançar um novo sexta-feira 13 partindo-se da história original, foi então que Steve Miner, um dos produtores associados do filme original assumiu a direção e tomou frente do projeto de sexta-feira 13 parte 2.
Todos haviam chegado num consenso de que o mais coerente seria emergir das cinzas (ou do lago) o pobre garoto Jason Vorhees para que o mesmo colocasse em pratica um plano de vingança pelo que fizeram a sua mãe no primeiro filme, porem a ideia foi repugnantemente abominada pelos idealizadores do primeiro filme, a maioria achava que não iria pra frente devido á abordagem dada aos personagens no filme original, e de fato “sexta feira 13” foi idealizado de forma a não abrir precedentes para sequencias diretas, já que a única cena em que Jason aparece trata-se de um sonho da personagem Alice (Adrienne King) embora a ultima cena onde aparece o rio borbulhando deixe uma sombra de duvidas no publico, Ainda assim, isso fazia parte do clima de mistério e suspense que Sean Cunningham e Victor Miller planejaram para o filme.
 Steve Miner que acumulará as funções de diretor e produtor de sexta-feira 13 parte 2 teve de lidar com a ausência de boa parte dos talentos do primeiro filme, seguindo a direção de Cunninghan, o roteirista Victor Miller também preferiu não ter qualquer tipo de envolvimento com á sequencia assim como o maquiador Tom Savini, a parte boa era que quase a totalidade da equipe técnica do primeiro filme como câmeras e assistentes de direção e fotografia retornariam para a sequencia, assim como Harry Manfredini comporia novamente a trilha sonora, o roteiro foi escrito as pressas por Ron Kurz e Phil Scuderi, entusiastas da ideia de Jason como o grande vilão do filme.
Sexta feira 13 parte 2 inicia em pacato bairro americano, em uma noite quando vemos uma criança retornando para sua casa aos chamados da mãe, em seguida já acompanhamos os passos do vilão andando pelo bairro e parando fixo em frente a uma casa, na sequencia já é mostrada a heroína do primeiro filme, Alice (Adrienne King), ainda claramente atordoada e tentando recomeçar a vida após os acontecimentos vividos no 1º filme, após algum suspense Alice abre à geladora e encontra a cabeça de Pamela Vorhees que haverá decepado meses antes, na sequencia é assassinada por Jason que perfura um picador de gelo em seu crânio assim colocando em pratica a vingança para a assassina de sua mãe, logo temos a apresentação do titulo, nos mesmos moldes do 1º filme, porem desta vez com o titulo explodindo e em seguida: part 2.
Cinco anos após os acontecimentos de “sexta feira 13” (este fato seria evidenciado ao longo do filme) na mesma cidade, percebemos uma movimentação de jovens, logo percebemos que um novo acampamento esta sendo organizado pelo supervisor Paul (John Furey) e sua assistente e namorada Jinny (Amy Steel), não exatamente no mesmo local onde ocorreram as mortes cinco anos antes, mas em um local muito próximo, neste inicio de filme os espectadores já podem notar o retorno de Crazy Ralph (Walt Gorney), um dos personagens icônicos do 1º filme, porem a alegria do profeta louco não duraria muito, já que em sua segunda cena no filme seria uma das vitimas de Jason.
Após os acontecimentos cinco anos antes, Crystal Lake passou a ser um local amaldiçoado e chamado pelos locais de Camp Blood (acampamento sangrento), é claro que mesmo sabendo da fama e interdição um casalzinho do acampamento tentaria adentrar no local, sendo barrados por um policial, é claro que a sorte deles não duraria muito.
Na sequencia do filme temos uma cena dos jovens reunidos em uma fogueira onde Paul conta um breve prologo de Jason Vorhees, desde sua (teórica) morte no lago, a ausência do corpo que jamais fora achado, a lenda de que o mesmo assistirá a morte da mãe sendo decapitada nas redondezas do lago, e o posterior sumiço da jovem que matará Pamela Vorhees dois meses após os acontecimentos, depois um dos garotos prega um susto na galera e tudo termina em brincadeira, porem Jason estaria atentamente observando todos os passos dos jovens.
A partir dos 40 minutos de filme o diretor Steve Minner engata a 5º marcha e Jason ataca o acampamento eliminando os jovens que ali estavam, enquanto isso Paul e Jinny que estavam com parte do grupo em um barzinho retornam para o acampamento e deparam-se com muito sangue no local, Jason ataca Paul e persegue incansavelmente Jinny até ambos entrarem em um barracão que servirá de casa para Jason, nesta que é uma das mais antológicas cenas da franquia, Jinny se depara com a cabeça decapitada de Pamela Vorhees, ciente da história toda, veste a blusa da assassina e no momento em que seria atacada por Jason, finge ser Pamela Vorhees causando grande confusão mental no maníaco que pelo menos naquela cena conseguiria ser vencido por Jinny e Paul, embora esta ainda não seja a parte final do filme.               
Um dos méritos desta sequencia é saber exatamente qual a finalidade do filme e o que o público espera, sendo ágil na história, diferente do 1º filme, aqui o diretor Steve Minner não perde tempo em focar no desenvolvimento dos personagens ou historinhas paralelas que desviam o foco, o que temos é um banquete de jovens presas eliminadas em sequencia por Jason que é retratado como uma lenda da floresta, um animal louco e selvagem sem qualquer tipo de contato com a sociedade, e, portanto capas de cometer as piores barbáries, uma das características que mais me atraem nesta fase da serie “sexta feira 13” e especialmente deste titulo é a humanização do personagem Jason Voorhees, assistindo a este filme podemos entender o que levou aquele homem a se tornar um animal enfurecido, na cena onde o policial adentra o barracão onde o maníaco reside, percebemos um local sujo e rustico feito à base de tapumes e coisas velhas dotado até mesmo de um banheiro igualmente rustico, o tipo de moradia de um ser humano que não tem qualquer tipo de contato com a sociedade há anos, nas cenas de assassinatos, perseguições e lutas corporais do personagem, fica claro que todos ali estão lidando com um ser-humano, embora dotado de métodos totalmente selvagens de caça, essas características humanas de Jason seriam cada vez mais abandonadas e os novos filmes da serie apresentariam ao público um Jason cada vez mais sobre-humano e imbatível.
Outra novidade que Steve Miner agregou a serie neste titulo tornando-se cliche nos filmes da serie que seguiriam é a inserção de sustos em diversas cenas, diferente do primeiro filme, aqui o diretor fez questão de incluir os temas aflitantes compostos por Harry Manfredini não apenas nas cenas de aproximação do assassino ou quando o mesmo observara as futuras vitimas, mas também em cenas onde se pregava um susto no expectador, isso já fica nítido nos primeiros minutos de filme na cena do gato pulando em cima de Alice.
De resto, Steve Miner segue praticamente todos os conceitos criados por Sean Cunningham no 1º filme, as constantes observações do assassino á suas futuras prezas, o casal que faz sexo e automaticamente é fadado a ser assassinado, fumação de maconha geral por parte dos jovens, cenas picantes de bundas e peitos femininos (muito embora as calcinhas da época não empolguem muito), caras que se acham o engraçadão e logo são abatidos. A grande diferença é notada na heroína Jinny (Amy Steel) que grita e chora bem menos que Alice (Adrienne King) e não foge da reta na hora de atacar Jason, a ausência dos corpos das vitimas aparecendo durante a perseguição de Jason a Jinny também é uma ausência vista no 1º filme, claro que não seria um problema copiar essas referencias citadas nos exemplares da serie que seguiriam.
Produzido com um orçamento pouco maior do que os U$ 500.000 do seu antecessor, sexta-feira 13 parte 2 foi um estrondoso sucesso de bilheteria tendo ficado em 1º lugar em sua estreia nos E.U.A, embora eu não tenha achado fontes confiáveis quanto à arrecadação de bilheteria do filme, fato é que por ser uma produção de orçamento irrisório para um grande estúdio, certamente gerou enorme lucro nos caixas da Paramount e foi à primeira sequencia de uma serie de sete filmes da franquia que viriam a ser produzidos pela Paramount de 1981 á 1989, iniciando aqui uma era de total predomínio e popularização de sexta feira 13 nos cinemas
Censuras e cortes
Embora as mortes em sexta feira 13 parte 2 sejam originais e bem elaboradas, já que vemos o assassino matando com lança, picareta, martelo, garfo de ferro, picador de gelo e etc., há muitas tomadas inteiras que foram filmadas e na edição final ficaram completamente sem nexo ou sem sentido como a lança que atravessa o casal e mortes que nem aparecem, a explicação para isso é que a censura norte americana pegou pesado com o filme e picotou as melhores sequencias, conforme relata o livro “Crystal Lake memories” a sequencia em que a lança atravessa o casal havia sido mega elaborada, com Jason retirando a lança e o sangue jorrando, além da morte de uma das garotas com uma tesoura de jardinagem, segundo relatórios da Paramount, foram cortados cerca de 1:20 minutos de filme só de cenas “pesadas”, além destes cortes a equipe também filmou um final alternativo que justificaria um dos buracos do roteiro, na penúltima cena Jinny aparece sendo levada em uma ambulância e perguntando por Paul, posteriormente o filme se encerra com uma tomada na cabeça decepada de Ms. Vorhees, e o publico eternamente fica na duvida se Paul foi morto na cena do ultimo ataque onde Jason pulou pela janela em cima de Jinny, no final originalmente filmado a ultima tomada mostra a cabeça de Ms. Vorhees sorrindo e nitidamente o publico entende que Paul foi morto e que Jason continuara sua jornada sangrenta pelas florestas de Crystal Lake, inclusive os relatos da equipe que produziu o filme dão conta de que esta cena de Ms Vorhees sorrindo foi muito bem elaborada com a participação de uma atriz maquiada e levando horas para ser filmada, até compreendo que a cabeça decepada da mãe de Jason sorrindo ficaria bem estranho e fantasioso para a franquia, porem acho lamentável o diretor e principalmente o estúdio (Paramount) não terem guardado os negativos dessas cenas, imagine que director’s cut maravilhoso não teríamos hoje ?
Das grandes injustiças que ocorrem quando falamos em “sexta-feira 13” considero que das maiores é Sean Cunningham o grande criador da franquia não dividir seus méritos e ganhos durante todos estes anos com Steve Miner, Cunningham que desde os anos 90 praticamente vive com os ganhos da franquia e tentando emplacar novos filmes da serie de tempos em tempos, deveria dividir os méritos do que se tornou sexta feira 13 com Miner, responsável por criar o “assassino” Jason Voorhees a partir deste filme (entenda-se criar a figura de Jason como um “assassino” e não criar o “personagem”), e o transformando no icônico assassino da mascara de hockey no filme seguinte, infelizmente Cunningham que sequer acreditava no projeto de transformar Jason no antagonista da serie, é quem hoje esta a frente dos direitos da franquia, e tudo o que foi e vier a ser criado passa pela assinatura dele, isso explica porque tivemos filmes tão ruins da serie a partir dos anos 90 como Jason vai para o inferno e Jason X (Cuninngham foi o responsável pela produção de ambos os filmes).
Mas finalizando o assunto, considero sexta feira 13 parte 2 certamente um dos melhores filmes da serie junto com a 3º parte e referencia para qualquer um que queira conhecer melhor os filmes da franquia, algumas pessoas desvalorizam o filme devido a Jason ainda não ter adquirido sua famosa mascara de hockey, eu sinceramente confesso que acho o visual de Jason neste filme (saco amarrado na cabeça) muito mais macabro e aterrorizante do que o tradicional.


Sexta-feira 13 parte 2
Titulo original: Friday the 13th part 2
Gênero: Terror
Direção: Steve Miner
Roteiro: Ron Kurz, Phil Scuderi
Elenco: Adrienne King, Amy Steel, Betsy Palmer, Bill Randolph, Carolyn Louden, China Chen, Cliff Cudney, David Brand, Jack Marks, Jaime Perry, Jerry Wallace, Jill Voight, John Furey, Kirsten Baker, Lauren-Marie Taylor, Marta Kober, Russell Todd, Stuart Charno, Tom McBride, Tom Shea, Walt Gorney, Warrington Gillette
Produção: Steve Miner
Fotografia: Peter Stein
Midias disponíveis no Brasil: Blu-ray, DVD e Netflix