UM BOM FILME QUE SEM PRETENSÕES DEU INICIO A FRANQUIA DE MAIOR LONGEVIDADE NA HISTÓRIA DOS FILMES DE TERROR!
O inicio dos anos 80 foi marcado pelo lançamento de diversos filmes de terror envolvendo seriais killers, a premissa de quase todos era a mesma: um grupo de jovens despretensiosos e ousados sendo mortos um a um em uma serie de assassinatos onde na maioria das vezes o assassino misterioso só é revelado nos 20 minutos finais, e o filme que falarei agora sem sombra de duvidas foi um dos precursores em popularizar este gênero e megassucesso em 1980.
O inicio dos anos 80 foi marcado pelo lançamento de diversos filmes de terror envolvendo seriais killers, a premissa de quase todos era a mesma: um grupo de jovens despretensiosos e ousados sendo mortos um a um em uma serie de assassinatos onde na maioria das vezes o assassino misterioso só é revelado nos 20 minutos finais, e o filme que falarei agora sem sombra de duvidas foi um dos precursores em popularizar este gênero e megassucesso em 1980.
Sexta feira 13 tornou-se uma icônica serie e certamente uma das
mais longevas e lucrativas franquias do gênero em hollywood e não é novidade
pra ninguém que estabeleceu o assassino da mascara de hockey, Jason Vorhees
como um dos personagens mais notáveis e clássicos do cinema de horror, mas
esqueçam de tudo isso, pois aqui estamos falando de “sexta feira 13” o filme
homônimo de 1980, e embora tenha sido o pontapé inicial para tudo o que foi
falado, aqui Jason não é o protagonista (por enquanto).
O filme se inicia em 1958 no acampamento Crystal lake, uma
bela noite de lua cheia e um grupo de jovens monitores do acampamento em um
cântico feliz com violões e sorrisos, logo um casalzinho se dispersa do grupo e
sobe as escadas de um porão para uma “diversão a 2” porem logo são
surpreendidos por uma 3º pessoa, e as novas não seriam nem um pouco animadoras
já que ambos seriam assassinados ali mesmo, com a imagem da garota em pânico
pausada logo somos apresentados ao titulo em longas letras em fundo preto e um
vidro se quebrando, a partir dai já da pra prever o que vem pela frente.
Nos primeiros minutos o filme já pula para os dias atuais
(entenda-se o ano de 1980) com a jovem Annie (Robbi Morgan) procurando em uma
pequena cidade interiorana o caminho para Crystal Lake, quando a mesma em uma
cafeteria pergunta pelo local percebe de cara que os moradores das redondezas
não são lá muito empáticos com o acampamento , ainda assim consegue carona
através de um simpático caminhoneiro local, na sequencia desta cena aparece pela
1º vez um personagem icônico na serie “sexta feira 13” o Velho Ralph ou Crazy
Ralph (Walt Gorney), conhecido pelos moradores locais como um atormentado,
Ralph profetiza a jovem que se hospedar-se no local jamais retornará e logo monta
em sua bicicleta, em seguida o caminhoneiro também orienta que a jovem peça demissão
dos trabalhos em Crystal Lake explicando acontecimentos estranhos no local há décadas
como o afogamento de um jovem, a posterior morte de um casal de jovens e
sabotagens no acampamento como incêndios e a contaminação da água, porem de
nada adiantam as orientações e a garota é deixada em uma rodovia próxima ao acampamento.
Ao mesmo tempo Marcie (Jeanine Taylor) seu namorado Jack
(Kevin Bacon em um dos seus primeiros papéis no cinema) e Ned (Mark Nelson) estão
chegando para juntarem-se a um grupo liderado por Steve Christy (Peter Brouwer)
que contratou um grupo de jovens para auxilia-lo a reabrir o acampamento Crystal
Lake após mais de 20 anos, de principio o clima é de muita brincadeira, porem
de fora o expectador já sabe que há alguém ali observando cada passo dos
jovens.
Enquanto os mesmos continuam os trabalhos no acampamento, Annie que ainda procurava o local é morta pelo assassino misterioso nas florestas de Crystal Lake, e até o anoitecer deste mesmo dia, os jovens do acampamento também começariam a ser assassinados um a um.
Quando Alice (Adrienne King) sobrou como unica sobrevivente do acampamento, chega um Jipp semelhante ao de Steve, Alice acredita ser Steve chegando, porem se surpreende com uma senhora saindo do veículo, é Pamela Voorhhes, no inicio uma calma e prestativa moradora local, porem logo alice percebe que trata-se de uma uma atormentada assassina marcada eternamente pelo afogamento do filho, e se vingando de todos que ameassem adentrar naquele acampamento novamente.
Após ser perseguida durante toda a noite, em um embate na beira do lago Alice consegue decapitar Pamela Voorhees e devastada entra em uma canoa ficando a deriva no lago.
Ao amanhecer Alice observa a chegada da policia na beira do lago porem logo é agarrada e emergida as profundezas do lago pelo jovem Jason Voorhees (Ari Lehman), em seguida acorda no hospital e pergunta sobre o garoto Jason, porem é informada que não havia nenhum garoto e concluímos que tudo não passará de um sonho, no desfecho do filme vemos o lago borbulhando em uma clara referencia para deixar o público na eterna duvida do que haverá visto.
Enquanto os mesmos continuam os trabalhos no acampamento, Annie que ainda procurava o local é morta pelo assassino misterioso nas florestas de Crystal Lake, e até o anoitecer deste mesmo dia, os jovens do acampamento também começariam a ser assassinados um a um.
Quando Alice (Adrienne King) sobrou como unica sobrevivente do acampamento, chega um Jipp semelhante ao de Steve, Alice acredita ser Steve chegando, porem se surpreende com uma senhora saindo do veículo, é Pamela Voorhhes, no inicio uma calma e prestativa moradora local, porem logo alice percebe que trata-se de uma uma atormentada assassina marcada eternamente pelo afogamento do filho, e se vingando de todos que ameassem adentrar naquele acampamento novamente.
Após ser perseguida durante toda a noite, em um embate na beira do lago Alice consegue decapitar Pamela Voorhees e devastada entra em uma canoa ficando a deriva no lago.
Ao amanhecer Alice observa a chegada da policia na beira do lago porem logo é agarrada e emergida as profundezas do lago pelo jovem Jason Voorhees (Ari Lehman), em seguida acorda no hospital e pergunta sobre o garoto Jason, porem é informada que não havia nenhum garoto e concluímos que tudo não passará de um sonho, no desfecho do filme vemos o lago borbulhando em uma clara referencia para deixar o público na eterna duvida do que haverá visto.
Sem grandes pretensões e com pouca grana no bolso, a dupla
Sean Cunningham e Victor Miller já tinham perdido dinheiro com a produção de
filmes infantis, e como Cunningham já havia trabalhado com Wes Craven anos
antes em aniversario macabro, pensou que a produção de um filme de terror
poderia cair bem, porem Cunninghan tinha uma concepção diferente para
desenvolver o seu filme de terror, a partir dai Victor Miller sabiamente usou
como inspiração a temática do filme “Halloween a noite do terror” do mestre John
Carpenter, que fazia estrondoso sucesso nos cinemas em 1979.
Já com a ideia clara do caminho a ser seguido, Sean
Cunninghan tinha na cabeça que o titulo do longa deveria chamar-se “sexta-feira
13” tal fixação pelo titulo foi tamanha que fez o diretor registrar o nome do
longa até mesmo fazendo um anúncio da produção no Variety sem nem mesmo ter um
roteiro em mãos e sequer contar com um orçamento para idealizar o filme, e o
mais ousado: a promessa de que seria “o filme mais aterrorizante de todos os
tempos”, nota-se que o diretor estava bem confiante no projeto.
Com o modesto orçamento de 500.000 dólares e sem grandes
nomes no elenco, estima-se que sexta feira 13 tenha arrecadado mundialmente em
receita bruta a bagatela de 117.917.391 milhões, cifras surpreendentes para um
filme do gênero, ainda mais em 1980, também fez história sendo o 1º filme do
gênero que teve seus direitos de distribuição comprados por um grande estúdio americano,
após assistir a uma exibição nas poucas salas lançadas, executivos da Paramount
investiram a bagatela de 1,5 milhões para garantirem o lançamento do filme a
nível nacional, após o estrondoso sucesso interno a Warner Brothers também
garantiu a distribuição internacional de sexta feira 13, o que também garantiu
o inicio do sucesso da franquia a nível mundial, após sexta feira 13, grandes
estúdios passaram a bancar produções do gênero slasher, filmes que até então
eram lançados de forma independente por produtores americanos e jamais alcançariam
grande sucesso.
Pessoalmente Credito que o sucesso de sexta-feira 13 passa de
forma fundamental por dois profissionais que fizeram trabalhos muito acima da
média: Tom Savini e Harry Manfredini.
Se alguém tem que ser enaltecido no sucesso de sexta-feira
13, este alguém é Tom Savini, mestre em efeitos de maquiagem em uma época que
literalmente faziam se milagres já que não haviam computadores, Savini que já havia
feito um trabalho majestoso no modesto clássico Dawn of the dead de George
Romero, aceitou o desafio e criou as mortes mais mirabolantes que haviam no
roteiro de Victor Miller em sexta feira 13, me recordo que quando assisti ao
longa pela primeira vez em VHS ainda criança ficava assombrado com o realismo
das mortes neste filme, muitos anos mais tarde quando comprei o DVD de
sexta-feira 13, no making of recriado tive a oportunidade de ver as entrevistas
com Tom Savini e os storyboards criados para elaboração das cenas, confesso que
fiquei ainda mais maravilhado com o trabalho de Savini, considerando a complexibilidade
de criar estas cenas como a morte do personagem de Kevin Bacon que é
atravessado por uma lança na garganta enquanto deitado na cama, realmente
fantástico, não à toa Savini seguiu uma carreira gloriosa e hoje é reconhecido
como um dos maiores maquiadores e criador de efeitos especiais da história do
cinema de terror.
Já Harry Manfredini foi muito feliz ao criar os temas para
sexta-feira 13, nota-se que são tomadas de instrumentos simples porem as
entradas da musica já trazem todo o clima de angustia e a presença do assassino
deixando o publico aflito á todo momento, a jogada da musica lenta no ato final
do filme também foi muito bem inserida enganando e surpreendendo o público,
Manfredini ainda contribuiria com os próximos filmes da serie, mas os seus
temas criados aqui ficariam marcados eternamente na franquia e na história do
cinema.
Quanto ao elenco de sexta-feira 13, podemos dizer que cumpre
o esperado para o gênero, os personagens secundários não comprometem, a
protagonista Alice (Adrienne King) se sai bem como a Scream Queen da vez e a
antagonista Ms. Vorhees vivida por Betsy Palmer ficou marcada no cinema como a
eterna mãe de Jason Vorhees, em pensar que a atriz na época aceitou o papel
apenas para utilizar o cache do filme para trocar de carro e achando que o
filme seria uma porcaria e cairia facilmente no esquecimento das trevas do
cinema, ledo engano.
Enfim, penso que “sexta feira 13” esta longe de ser “o filme
mais aterrorizante de todos os tempos”, como era a pretensão de Sean Cunninghan
e como muitos o cultuam, porem é inegável que foi um estrondoso sucesso de
publico e fez história em diversos aspectos tendo fomentado nos anos seguintes
produções similares de relativo sucesso como Sleepway camp e chamas da morte, e
abrindo portas para o gênero que teve a sua formula copiada por inúmeros filmes
ao longo de toda a década de 80, o que considero que seja o seu grande legado, porem
o que ninguém jamais imaginou é que o desfecho do filme abriria precedentes
para que outra equipe criasse um dos maiores vilões não só da história do
cinema, mas sim enraizado na cultura pop mundial.
Considerações sobre o blu-ray de sexta feira 13 lançado no
Brasil.
Deixo aqui minha critica quanto à capa do blu ray de
sexta-feira 13 lançado no Brasil e em outros lugares do mundo, conforme se pode
observar abaixo, na capa do filme claramente vemos uma grande mascara de hockey
cima do titulo e abaixo a sombra de um personagem que claramente é Jason
Vorhees, porem sabemos que este Jason da mascara de hockey nem sonhava em
surgir aqui, mais infame do que forçar essa referencia é a frase na capa: “o
terror depois da mascara”, frase mentirosa e desconexa, pois como já citado a
icônica mascara só viria a surgir anos depois no terceiro filme da franquia
enfim, acredito que há maneiras mais claras de comercializar um blu-ray ou qualquer
formato de mídia sem precisar buscar referencias que não condizem com o filme
em questão.
A parte boa para os fãs é que todo o conteúdo extra desta
vez foi legendado diferente da versão em DVD disponível no Brasil, quanto aos comentários
em áudio do diretor Sean Cunninghan, se você não entende inglês esqueça pois
continuam sem legendas.
Ano: 1980
Direção: Sean S. Cunningham
Roteiro: Victor Miller
Elenco: Adrienne King, Ari Lehman, Betsy Palmer, Debra S. Hayes, Dorothy Kobs, Harry Crosby, Jeannine Taylor, Ken L. Parker, Kevin Bacon, Laurie Bartram, Mark Nelson, Mary Rocco, Peter Brouwer, Rex Everhart, Robbi Morgan, Ron Millkie, Ronn Carroll, Sally Anne Golden, Walt Gorney, Willie Adams
Produção: Sean S. Cunningham
Fotografia: Barry Abrams
Mídias disponíveis no Brasil: Blu-ray, DVD e Netflix
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